O procurador Caio Augusto Limongi Gasparini foi denunciado pelo Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância(Gecradi), do Ministério Público de São Paulo, pelo crime de homofobia . Ele fez pelo menos 11 postagens em seu perfil no Facebook nas quais, segundo a promotora Maria Fernanda Balsalobre, que assina a denúncia, expressava "ideias de inferiorização, aversão, nojo, estigmatização negativa, segregação, intolerância e desqualificação do grupo LGBT+".
Maria Fernanda destacou que Caio "praticou condutas que encontram subsunção nos crimes de racismo". A denúncia, protocolada na última terça-feira, contém fotos das postagens do procurador e lista as datas em que elas foram feitas. Para a promotora, "além de praticar e induzir o preconceito e discriminação, diretamente incitou pessoas indeterminadas a assim agirem, ao afirmar que 'é preciso lutar custe o que custar', 'é preciso bastante intolerância, porque a que tem é pouca', bem como 'acordem, porra!' após dizer que 'a agenda gay leva à pedofilia'".
Para Maria Fernanda, esses comentários estimulam a hostilidade contra as pessoas em virtude de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Além da Justiça, as postagens de Caio já foram repudiadas pela comunidade LGBTQIAP+ — os textos foram chamados de "show de horrores".
A denúncia cita ainda que Caio foi alvo de um procedimento a administrativo aberto pela Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE/SP), após o órgão ser comunicado, pela Defensoria Pública da União sobre o conteúdo ofensivo nas postagens. A Corregedoria da PGE encaminhou as cópias dos textos para o MP, que pediu que a Polícia Civil o investigasse.