Menino de 4 anos chegou sem vida em hospital no Rio de Janeiro
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Menino de 4 anos chegou sem vida em hospital no Rio de Janeiro



O advogado do engenheiro Leniel Borel de Almeida, pai do menino Henry , afirmou que estuda pedir a exumação do corpo da criança, cuja morte ainda é um mistério para a polícia. A declaração foi dada ao "Fatástico", transmitido neste domingo (21) na TV Globo.

"O nosso papel como defesa do pai não é incriminar A ou B, é saber a verdade . Por que o menino morreu daquele jeito? Daquela forma?", indagou Leonardo Barreto.

Leniel contou ter recebido orientação da equipe médica responsável pelo atendimento a seu filho para registrar ocorrência na delegacia da Barra da Tijuca, onde pediu um laudo do Instituto Médico Legal ( IML ). A necropcia identificou muitas lesões espalhadas pelo corpo do menino, infiltrações hemorrágicas nas partes frontal, lateral e posterior da cabeça, contusões no rim, no pulmão e no fígado. Quanto à causa da morte , consta "hemorragia interna causada pelo rompimento do fígado".

"Eu nao consigo dormir, eu acordo chorando, me pego chorando durante o dia. Uma criança de quatro anos, saudável", lamentou Leniel. "Existe uma nuvem cinzenta do que aconteceu das 19h, que eu entrego meu filho, às quatro da manha que me ligam".

Imagens de câmeras de segurança são analisadas para ajudar os investigadores a entenderem o que aconteceu com Henry desde que ele voltou à casa da mãe no último dia 7, e sua morte na madrugada do dia 8. O menino de 4 anos foi levado por Monique Medeiros e o padasto, o vereador doutor Jairinho, até um hospital na Barra da Tijuca, onde teve o óbito confirmado. Um laudo constatou lesões e hemorragia no corpo da criança que teriam sido causadas por "ação contundente".

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O depoimento do casal à Polícia Civil durou cerca de 12 horas.

Monique confirmou a versão de Leniel de que na noite daquele domigo, dia 7, Henry não queria voltar para o condomínio onde mora com ela e o padrasto. Ela relatou também que a criança vomitou ao chegar no local, mas não estranhou o estado, por tratar como algo normal quando o filho chorava muito. A mãe disse ter tentado acalmar o menino numa padaria próxima de casa antes de subir ao apartamento, onde conta ter ficado com o marido assistindo a uma série na sala.

Ao longo da noite, Monique disse que o filho levantou três vezes, então o casal foi terminar de ver TV no quarto de hóspedes para o som não incomodar a criança. Por volta de 3h30, a mãe disse ter acordado com o som da televisão, depois puxado Jairinho pelo braço, que levantou e foi ao banheiro. Ela relatou ter ido ao quarto do casal, onde viu o filho caído no chão, com mãos e pés gelados, olhos revirados e sem responder a chamados.

À polícia, Monique disse que imagina que seu filho tenha acordado, ficado em pé sobre a cama, se desequilibrado ou até tropeçado no encosto da poltrona e caído no chão. A hipótese foi considerada improvável por peritos ouvidos pelo "Fantástico".

O perito Júlio César Cury chama atenção à violência das lesões: "uma criança com esse tipo de lesões não fica bem. Ela nao vai dormir, acorda e passa mal. Uma queda de uma criança de uma cama nao causaria isso tudo não".

Quanto ao perito Nelson Massini, também consultado pelo programa da TV Globo, as lesões devem ter sido causadas ao corpo da criança após as 19h do domingo (7): "a criança, se tivesse com essa hemorrragia e aquele edema cerebral, não teria condições mínimas de fazer qualquer exercício, qualquer movimento tranquilamente".

Em outubro de 2020, Monique e Jairo Souza Santos começaram a namorar e, no início de janeiro, foram morar juntos. No sábado, 6 de março, a mãe deixou o Henry com o pai. Leniel conta que durante o fim de semana a criança estava bem. Em vídeo, o menino aparece dançando e pulando na cama. No início da noite de domingo (7), o pai deixa o filho com a mãe em frente ao condomínio. Desde então, Monique e Jairinho só voltaram ao apartamento para recolher roupas e objetos pessoais.

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