Em absoluta discordância com o estado, o prefeito Eduardo Paes , que se reúne hoje às 9h com seu com seu comitê científico, disse ao Globo que ficou frustrado neste domingo (21) porque tinha feito um acordo com o governador Cláudio Castro, em reunião na sexta-feira.
“O governador combinou comigo e com o prefeito de Niterói que buscaríamos um consenso (sobre as medidas de restrição) e só então levaríamos uma única proposta para a sociedade. Não foi o que ele fez”. Paes agora só baterá o martelo sobre o que será feito no município depois de ouvir os especialistas hoje.
Sabemos que não houve acordo com o governador. Qual a principal divergência?
Temos visões diferentes do enfrentamento da pandemia . Venho tentando buscar o consenso desde a última quarta-feira. O governador combinou comigo e com o prefeito de Niterói que buscaríamos um consenso e só então levaríamos uma única proposta para a sociedade. Não foi o que ele fez: chegou com um pacote pronto, praticamente nos impedindo de ter uma visão distinta.
Desde o início, o senhor foi contra um lockdown , mas sinalizou que a situação do Rio agora é diferente com quase todas as UTIs cheias. É isso mesmo?
Desde o início eu disse que o lockdown ou aumento de restrições só se faz em caso de necessidade. Se dependesse de certas opiniões, estaríamos com as praias fechadas e o Rio todo fechado desde janeiro. Quem me norteia é a ciência.
O que o senhor deve anunciar amanhã com Niterói como medidas para as duas cidades?
Você viu?
Só teremos essa resposta após a análise do comitê científico. Eles é que comandam minhas decisões.
Como ficam as praias a partir desta segunda-feira?
O decreto do final de semana ainda está em vigor.
O Rio corre risco de um colapso na rede de saúde?
Claro que sim. Não somos uma ilha. Aumentamos o número de leitos, mas os números são cada dia mais difíceis.