Testemunhas do caso da morte do menino Henry Borel foram intimados a prestar depoimento na próxima semana sobre a morte da criança de 4 anos. Foram intimadas a empregada , uma babá de Henry, os médicos que o atenderam quando chegou ao hospital já sem vida e o legista que assinou o laudo de necrópsia.
A Polícia Civil aponta contradições entre as versões sobre a morte da criança. As contradições foram observadas nos relatos da mãe de Henry, Monique Medeiros, e o padrasto, o vereador Doutor Jairinho.
Segundo os médicos que atenderam o menino na chegada ao hospital, a mãe de Henry disse ter acordado com um barulho no quarto e, quando foi até o cômodo, viu o menino caído. Na versão, que consta no Boletim de Atendimento Médico (BAM), eles dizem que já encontraram Henry sem vida, gelado e pálido.
O padrasto diz que chegou a pensar que Henry estava em parada cardiorrespiratória e foram para Hospital Barra Dor, na Zona Oeste do Rio. A equipe médica relata que o menino chegou com hematomas nos membros superiores, abdômen e escoriações no nariz. Na última quarta-feira (17), eles narraram como tudo aconteceu de maneira diferente da anterior.
No Hospital, a mãe e o padrasto disseram ter escutado um barulho no quarto do menino. Na delegacia, porém, eles não mencionam o barulho. Monique diz que acordou por volta das 3h30 com o barulho da TV ligada e foi ver o filho — quando o encontrou desacordado.
Já o padrasto diz que estava dormindo profundamente após tomar remédios indutores do sono quando a namorada encontrou Henry "com os olhos revirados e mãos e pés gelados".
Além das contradições, peritos discordam da versão do padrasto e da mãe. Os especialistas dizem que, diante da gravidade das lesões que o menino tinha no fígado, nos rins, pulmão e cabeça, é impossível que elas tenham sido causadas por uma queda da cama.