Queiroz na varanda de casa, onde cumpre prisão domiciliar
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Queiroz na varanda de casa, onde cumpre prisão domiciliar

O Ministério Público Federal vai tomar um novo depoimento do ex-assessor Fabrício Queiroz sobre as suspeitas de vazamento da Operação Furna da Onça para a equipe do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O procurador Eduardo Benones, que conduz a investigação, determinou a intimação de Queiroz para que seja ouvido no início de setembro.

Será o segundo depoimento do ex-assessor para Benones. O objetivo desta nova oitiva é esclarecer dúvidas e questionamentos surgidos ao longo da investigação, como durante o depoimento de Flávio Bolsonaro. Também há uma avaliação de que Queiroz pode se sentir mais à vontade para prestar esclarecimentos fora do ambiente carcerária — na primeira vez que foi ouvido, ele estava ainda sob prisão preventiva.

Benones também determinou a intimação, para depoimento nas próximas semanas, de Nathália Queiroz, filha do ex-assessor, suspeita de ter sido funcionária fantasma no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro. Tanto Nathália como Queiroz foram exonerados de seus cargos no dia 15 de outubro. A investigação apura suspeitas de que eles teriam sido demitidos depois que Flávio Bolsonaro recebeu informações da PF de que Queiroz era alvo de movimentações financeiras suspeitas detectadas em relatório anexado na Operação Furna da Onça. Ambos serão ouvidos na condição de testemunha, com compromisso de falar a verdade.

Queiroz também foi ouvido pelo Ministério Público do Rio sobre o esquema de rachadinha , mas ficou calado neste depoimento.

Essa investigação surgiu após entrevista do empresário Paulo Marinho, ex-aliado de Flávio Bolsonaro. Ele relatou que a equipe de Flávio Bolsonaro recebeu informações de um delegado da PF sobre a investigação que poderia atingir seu assessor.

O procurador Eduardo Benones irá começar a ouvir os policiais federais envolvidas na Operação Furna da Onça, que possam ter conhecimento sobre o possível vazamento. O primeiro depoimento deve ser da delegada Xênia Ribeiro Soares, que conduziu o caso e será ouvida na condição de testemunha — não existem suspeitas de que ela tenha vazado as informações.

Além do novo depoimento de Queiroz, ainda está prevista uma acareação entre Flávio Bolsonaro e Paulo Marinho, para esclarecer as divergências entre suas versões. Flávio nega que tenha obtido informações privilegiadas de dentro da PF sobre a investigação.

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