Quatro pessoas foram presas durante uma operação conjunta da Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizada nesta quinta-feira (23). A ação investiga desvios de R$ 6,5 milhões em contratos da Organização Social Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde) com a prefeitura da capital carioca.
Entre os presos, estão os empresários Marcos Duarte da Cruz e Francesco Favorito Sciammarella Neto. Além deles, o ex-controlador do Iabas, Luis Eduardo Cruz, e sua mulher, Simone Amaral da Silva Cruz, também foram presos durante a ação.
Além dos quatro presos, a força-tarefa ainda está procurando Adriane Pereira Reis, que está foragida. Os cinco irão responder por peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Ainda de acordo com a força-tarefa, a antiga gestão do Iabas recebeu R$ 4,3 bilhões em recursos públicos. Desse montante, R$ 6,5 milhões teriam sido desviados. O repasse de verba para a Iabas aconteceu entre os anos de 2009 e 2019.
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Posicionamento da prefeitura
Em nota, a prefeitura do Rio de Janeiro disse que desqualificou a Iabas e a deixou de firmar contratos com ela no início da gestão de Marcelo Crivella. O motivo teria sido a “má gestão dos recursos públicos”. Confira a nota:
"A GESTÃO DE CRIVELLA QUE DESQUALIFICOU A IABAS E TIROU A IABAS DA PREFEITURA DO RIO
A OS IABAS foi DESQUALIFICADA pela ATUAL GESTÃO do prefeito Marcelo Crivella, que, ao assumir, herdou a contratação da IABAS da gestão do prefeito anterior, Eduardo Paes.
Crivella desqualificou a IABAS , após um processo com ampla defesa, por não atingir 50% das metas propostas no contrato de gestão. O motivo da desqualificação, portanto, foi má gestão dos recursos públicos, gerando desassistência aos usuários.
A desqualificação da IABAS foi publicada no do município no dia 25 de abril de 2019 – e essa OS não tem mais contratos com a gestão municipal."