O Ministério Público do Rio e a Polícia Civil fazem, nesta quinta-feira (23), uma operação que mira o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas). Os agentes tentam cumprir cinco mandados de prisão. Entre os alvos estãos o ex-controlador da Organização Social (OS), Eduardo Cruz, e a mulher dele, Simone Cruz. As informações são do "Bom Dia Rio", da TV Globo.
Além dos mandados de prisão, há 12 de busca e apreensão a serem cumpridos. Há agentes na sede do Iabas, em São Paulo.
As suspeitas que culminaram na operação são sobre contratos firmados entre 2009 e 2019 com o município do Rio, durante as gestões de Eduardo Paes e Marcelo Crivella - e que somaram R$ 4,3 bilhões, informou o "Bom Dia Rio". Além disso, o Iabas é investigado por suspeita de irregularidades na construção e na gestão de hospitais de campanha do governo estadual. As estruturas eram especificamente para o combate à Covid-19.
De acordo com o "Bom Dia Rio", Eduardo Cruz é suspeito de superfaturamento e contratação de fornecedores lanranjas. O esquema teria movimentado cerca de R$ 6,5 milhões. O dinheiro, de acordo com a investigação, acabaria sendo posteriormente sacado na boca do caixa e seguiria para ser absorvido por Cruz.
Posicionamento da prefeitura
Em nota, a prefeitura do Rio de Janeiro disse que desqualificou a Iabas e a deixou de firmar contratos com ela no início da gestão de Marcelo Crivella. O motivo teria sido a “má gestão dos recursos públicos”. Confira a nota:
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“A GESTÃO DE CRIVELLA QUE DESQUALIFICOU A IABAS E TIROU A IABAS DA PREFEITURA DO RIO
A OS IABAS foi DESQUALIFICADA pela ATUAL GESTÃO do prefeito Marcelo Crivella, que, ao assumir, herdou a contratação da IABAS da gestão do prefeito anterior, Eduardo Paes.
Crivella desqualificou a IABAS , após um processo com ampla defesa, por não atingir 50% das metas propostas no contrato de gestão. O motivo da desqualificação, portanto, foi má gestão dos recursos públicos, gerando desassistência aos usuários.
A desqualificação da IABAS foi publicada no do município no dia 25 de abril de 2019 – e essa OS não tem mais contratos com a gestão municipal.”