O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) negou que tenha cometido os crimes pelos quais foi indiciado nesta quinta-feira (16) pela Polícia Federal (PF). "Não recebi um centavo de dinheiro público, nem municipal, nem estadual, nem federal", afirma o tucano à emissora CNN.
Alckmin
, junto ao ex-tesoureiro de campanha do PSDB Marcos Monteiro, foi acusado pela PF de Caixa 2, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
"Quem está na vida pública tem o dever de prestar contas. Embora eu não tenha sido sequer ouvido, mas vou prestar contas. As minhas campanhas de 2010, 2014 e 2018 foram rigorosamente dentro da Lei. Eu tenho 40 anos de vida pública", se defendeu o ex-governador .
Sobre os impactos do indiciamento e se há um cerceamento do PSDB, o tucano respondeu que "fui sempre favorável à tese de Santo Agostinho: Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me adulam, porque me corrompem'".
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O indiciamento de Alckmin ocorre no inquérito que investiga doações eleitorais da empreiteira Odebrecht. O inquérito está no Ministério Público de São Paulo (MPSP). Cabe agora ao órgão decidir se irá fazer novas solicitações para a PF, para que a investigação se aprofunde, ou arquivar a denúncia de lavagem de dinheiro contra os dois.
O presidente nacional do PSDB e do Diretório Estadual do PSDB-SP afirmaram que o ex-governador tem a confiança do partido.
Alckmin foi governador pelo PSDB entre 2001 e 2006 e de 2011 a 2018. Ele é investigado desde 2017, após a delação premiada da Odebrecht.