Na tarde de hoje, o agora ex-ministro Nelson Teich afirmou em coletiva que deu o melhor de si enquanto ocupou cargo durante a pandemia do novo coronavírus. Em menos de um mês, Teich pediu demissão do Ministério da Saúde .
"A vida é feita de escolhar e eu hoje escolhi sair", começa Teich. "Dei o melhor de mim nesses dias em que estive aqui. Não é uma coisa simples estar a frente de um Ministério como esse, em um período tão difícil"
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O ex-ministo afirmou que o país inteiro luta pela saúde do Brasil e destacou o papel do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (CONAD) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasem).
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Teich afirmou ainda que ele e sua equipe deixaram pronto um planejamento para que secretários e agentes municipais e estaduais se orientem sobre medidas a serem tomadas diante do novo coronavírus.
"Traçamos um plano estratégico, que foi iniciado e deve ser seguido. É importante que a gente tenha foco total na Covid, mas tem que lembrar que tem todo um sistema, toda uma população para ser cuidada", disse.
O médico relembra que, no último mês em que esteve no Ministério, 4 mil leitos de UTI foram habilitados. Além disso, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), respiradores e recursos humanos foram distribuídos.
"Isso acontece em um momento de grande crise mundial, tanto de insumos quanto dos equipamentos. É uma luta diária, é uma luta intensa para que a gente consiga entregar e auxiliar estados e municípios a passarem por isso."
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Antes de finalizar, Teich agradeceu ainda ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela nomeação e experiência.
Pedido de demissão
Nelson Teich foi o segundo ministro a assumir a pasta durante o governo Bolsonaro. Ele foi convidado após a demissão de Luiz Henrique Mandetta (DEM), que teve divergências com o presidente por rebater uso de cloroquina e defender isolamento social para combater a pandemia do novo coronavírus.
Teich foi anunciado como substituto no dia 16 de abril e pediu demissão um dia antes de completar um mês no cargo.
Entre os motivos para a demissão estão os pedidos de Bolsonaro para facilitar uso de cloroquina desde o início no tratamento da Covid-19; a divergência em relação à reabertura dos estados, já que Teich assumiu que alguns estados talvez devessem implementar lockdown ; e o decreto de Bolsonaro que torna salões de beleza, barbearias e academias serviços essenciais, o que não passou pelo Ministério da Saúde.