Uma petição online pedindo o fechamento da Mansão McKamey recebeu milhares de assinaturas
Divulgação/Mansão McKamey
Uma petição online pedindo o fechamento da Mansão McKamey recebeu milhares de assinaturas

O proprietário de um imóvel que funciona como atração de  casa mal-assombrada está sendo investigado por traumatizar visitantes. Também existem pedidos públicos para que o empreendimento pare de funcionar. 

Ainda sim, a casa mal-assombrada, que fica no Tennessee ( EUA ) e foi chamada de “câmara de tortura disfarçada”, segue em funcionamento.

A Mansão McKamey , controversa casa dos horrores localizada em Summertown — pequena comunidade do  Tennessee —, há anos é alvo de reclamações de violência e tratamento desumano contra os participantes, que são obrigados a assinar um termo de 40 páginas apenas para entrar na atração.

Tortura disfarçada

Alguns participantes disseram que foram submetidos a afogamento simulado, choques, chicotes e provocações com aranhas, além de terem sido presos em caixas durante a dinâmica. Outros afirmam que a atração vai ainda mais além, e quem participa pode acabar com dentes arrancados, dedos quebrados ou ter a cabeça raspada.

“Somos conhecidos por não desistir e não ter uma palavra de segurança”, afirmou o proprietário Russ McKamey, que administra a casa mal-assombrada em Summertown desde 2017, em um documentário recente do Hulu sobre a casa dos horrores.

“Ou você realmente completa a turnê, o que não vai acontecer, ou você fica mentalmente ou fisicamente em um ponto tão frágil que não é seguro continuar e eu preciso te tirar”, contou.

Apesar das denúncias, McKamey confirmou ao DailyMail que sua atração retornaria novamente este ano: "Se todas essas coisas loucas e horríveis ditas sobre mim fossem verdade, eu não estaria livre, correndo por aí fazendo o que eu quero fazer”.

Documentário sobre a atração

Após anos de reações negativas, McKamey e sua atração controversa voltaram a aparecer nos jornais e mídias estadunidenses quando o documentário do Hulu, "Monster Inside: America's Most Extreme Haunted House” (A Casa Mal-Assombrada Mais Extrema da América, em português), começou a ser transmitido no ano passado.

Alguns participantes presentes no documentário reclamaram diante das câmeras sobre a violência e alegaram que não havia como escapar do sofrimento depois que ele começou — o que levou o procurador-geral do Tennessee, Jonathan Skrmetti, a iniciar uma investigação sobre as práticas da atração.

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“Um vídeo promocional de 2019 no canal do YouTube da Mansão McKamey retrata alguns dos horrores aos quais os visitantes são submetidos, o que inclui ser arrastado por correntes pesadas ou trancado em espaços confinados enquanto a água entra”, disse Skrmetti na época.

Petição online pelo fim da Mansão McKamey

Os participantes foram obrigados a apresentar prova de que fizeram um exame físico saudável recentemente e uma verificação de antecedentes, de acordo com o site da atração. Uma petição online obteve milhares de assinaturas em uma tentativa de fechar o local.

“Anunciado como 'uma assombração extrema' quando, na verdade, NÃO é uma casa mal-assombrada. É uma câmara de tortura disfarçada”, escreveu Frankie Towery, o organizador da petição.

“Eles fazem triagens para encontrar as pessoas mais fracas e facilmente manipuláveis ​​para fazer a 'assombração'. Se Russ não acha que você é facilmente manipulável, você não tem permissão para ir”, acrescentou Towery.

Não ficou imediatamente claro quais planos McKamey tinha colocado em prática para o evento deste ano ou quando ele está programado para estrear. A turnê do ano passado — intitulada “DESCENT” — foi anunciada como um show de “horror de sobrevivência”.


O resultado da investigação do procurador-geral também não foi divulgado.

Sem relação direta com o caso, McKamey foi preso no verão por tentativa de homicídio, estupro e agressão doméstica envolvendo um incidente com sua namorada. As acusações foram posteriormente retiradas, de acordo com a imprensa local.

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** Formado em jornalismo pela UFF, em quatro anos de experiência já escreveu sobre aplicativos, política, setor ferroviário, economia, educação, animais, esportes e saúde. Repórter de Último Segundo no iG.

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