Alan Diego dos Santos foi preso no Mato Grosso
Polícia Civil
Alan Diego dos Santos foi preso no Mato Grosso

Nesta quinta-feira (28), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro vai ouvir  Alan Diego dos Santos Rodrigues, preso por participar da tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília (DF). Ele foi condenado a mais de cinco anos de prisão pelo episódio. A oitiva começa a partir das 9h.

Alan foi convocado para depor à comissão após requerimentos apresentados pela relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), pelos senadores Izalci Lucas (PSDB-DF), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Ana Paula Lobato (PSB-MA) e pelos deputados federais Carlos Sampaio (PSDB-SP), Rubens Pereira Júnior (PT-MA), Rogério Correia (PT-MG), Duarte Jr. (PSB-MA), Duda Salabert (PDT-MG) e Delegado Ramagem (PL-RJ).

Ele foi  preso em 17 de janeiro, após se entregar na delegacia de Comodoro, no Mato Grosso. Alan era procurado pela polícia desde dezembro do ano passado, logo depois da tentativa de ataque. As investigações apontam que ele teria participado da instalação de um explosivo perto do aeroporto na véspera do Natal de 2022.

O homem ainda é suspeito de ter participado dos atos de vandalismo a uma sede da Polícia Federal, na Asa Norte de Brasília, em 12 de dezembro.  Na ocasião, carros e ônibus foram incendiados e depredados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além de Alan, são réus pela tentativa de explosão George Washington de Oliveira Sousa e Wellington Macedo de Souza,  também presos em janeiro deste ano. Os três vão respondem pelo crime por ter colocado em perigo "a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos". 

Macedo foi condenado a seis anos de prisão em regime fechado, além do pagamento de uma multa de R$ 9,6 mil.  George Washington de Oliveira recebeu pena de nove anos e quatro meses de prisão e Alan Diego dos Santos, de cinco anos e quatro meses.

Ao apresentar o requerimento, o senador Izalci disse que Alan afirmou, em depoimento ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal, que "recebeu, no acampamento localizado em frente ao QG do Exército, a bomba colocada em um caminhão perto do aeroporto".

Nesse mesmo depoimento, ele teria confirmado a participação de  George Washington de Oliveira, que foi o responsável por fornecer o artefato que seria instalado no veículo. Wellington Macedo de Souza teria ajudado Alan a transportar a bomba até o aeroporto.

Wellington  prestou depoimento à CPMI no último dia 21 , mas  ficou em silêncio.

Já o senador Kajuru, afirmou que o atentado  "poderia ter causado a perda de muitas vidas [o carro-bomba estava localizado próximo a posto de gasolina e concessionárias de veículos, em pista de muito tráfego] e ainda interrompido o funcionamento do único aeroporto da Capital".

Relembre o caso

Na véspera de Natal do ano passado, a  Polícia Militar do Distrito Federal interceptou uma bomba encontrada em um caminhão de combustível em uma via próxima ao Aeroporto Internacional de Brasília.  A tentativa de explosão não deu certo.

À época, de acordo com a Polícia Militar, uma caixa com o explosivo foi colocada em um caminhão de combustíveis que estava a caminho do aeroporto, por volta das 7h30 da manhã. O motorista do veículo estranhou o material e acionou os militares.

O artefato foi, então, recolhido pelo esquadrão anti-bombas e enviado à perícia da Polícia Civil do Distrito Federal.

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