Deltan Dallagnol (Podemos), ex-deputado federal que teve o mandato cassado
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Deltan Dallagnol (Podemos), ex-deputado federal que teve o mandato cassado


Deltan Dallagnol (Podemos), ex-deputado federal que teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) , afirmou nesta quinta-feira (25) que vai buscar dois caminhos para reverter a decisão da Corte Eleitoral. 

De acordo com o político, "a manutenção do mandato é difícil, mas é possível". Ele deve buscar ou seguir o caminho na própria Câmara, com foco em uma análise sobre quebra de imparcialidade, e perseguição política no julgamento, ou acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para a reversão da sentença. 

Visando a primeira situação, Deltan disse que até procurou Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, mas que o deputado "fechou as portas" para uma conversa. 


"Mandei mensagem para ele, minha assessoria tentou agendar uma reunião, mas ele fechou as portas, não respondendo às mensagens e aos nossos pedidos. Tentei inclusive falar com a chefe de gabinete dele algumas vezes", afirmou, em entrevista ao jornal O Globo. 

"Ao mesmo tempo que vejo uma falta de acolhimento do presidente da Câmara, eu vejo um amplo acolhimento dos deputados da Casa. Na primeira coletiva que fizemos após a cassação havia ali mais de 50 deputados de 11 diferentes partidos que representam mais de 10 milhões de votos", continuou. 

Dallagnol convocou, inclusive, manifestações para o dia 4 de junho , que terão o intuito de levar as pessoas às ruas do Brasil para questionar a decisão da Corte liderada por Alexandre de Moraes. 

Já em relação ao STF,  o político do Podemos se reuniu na quarta-feira (24) com Rosa Weber, presidente da Suprema Corte. Contudo, ele afirmou que o encontro com a ministra não tinha o intuito de abordar a sua cassação, dado que fora marcada há "várias semanas".

"Foi uma reunião que havia sido planejada há várias semanas, antes de sequer ser pautado o meu recurso no TSE, e que tinha por objeto uma apresentação e defesa das pautas anticorrupção, de cuidado com as pessoas", pontutou.

"Diante da decisão do TSE, de passagem, eu mencionei e expliquei o que tinha acontecido nesse caso (da cassação). Agora, o objeto da reunião não era esse. Ela só ouviu. Só apresentei perspectivas sobre o objeto original da reunião e rapidamente apresentei perspectivas sobre essa decisão do TSE", complementou.

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