Sergio Moro foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro, mas saiu em 2020 fazendo alegações de possível controle na PF
Reprodução Redes Sociais - 01.10.2022
Sergio Moro foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro, mas saiu em 2020 fazendo alegações de possível controle na PF

O ex-juiz e senador eleito pelo Paraná, Sérgio Moro (União Brasil) se pronunciou sobre à ação promovida pelo PL  para a  cassação do mandato. Segundo o ex-ministro da Justiça, o deputado federal  Paulo Martins ( PL ), que ficou em segundo lugar nas eleições para o  Senado , quer conquistar a vaga "no tapetão". O  PL entregou o pedido à Justiça Eleitoral na última quarta-feira (07), e quer que seja averiguado os gastos da campanha de  Moro , uma vez que acreditam existir irregularidades.

Na declaração de  Moro , ele acusa  Paulo Martins de alterar a declaração racial, visando receber mais verba do fundo partidário. "O mesmo sujeito, Paulo Martins , que mudou de cor nas eleições para se beneficiar do fundo partidário, tem a cara de pau de me acusar falsamente de irregularidade para ganhar o mandato de senador no tapetão. Fez o L junto com Fernando Giacobo", escreveu o ex-ministro.


Logo que a ação foi entregue,  Moro fez uma declaração chamando o presidente do  PL e o deputado  Paulo Martins de "maus perdedores que resolveram trabalhar para o PT e para os corruptos" , acrescentando ainda que não teme a ação e que não há irregularidades.

Governo Bolsonaro

senador   fez parte do governo  Bolsonaro durante cerca de um ano, pedindo a renúncia em abril de 2020 . O motivo declarado pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública era a acusação de possível interferência do presidente na Polícia Federal.

A saída foi conturbada, com   Moro  trocando acusações e xingamentos com o presidente. "Foi fundamental a autonomia da PF para a gente poder realizar esses trabalhos. Isso é até um demonstrativo da importância de garantir a autonomia das instituições de controle e investigação", afirmou o ex-juiz na época.

No final de 2021, Moro lançou a pré-candidatura à presidência pelo Podemos, tecendo críticas a Lula e Bolsonaro, mas desistiu no percurso até as eleições. Por fim, lançou-se ao senado federal pelo Paraná , ao qual foi eleito.

Já durante o período eleitoral, o ex-ministro fazia menções ao candidato a reeleição, dizendo terem " um inimigo em comum", se referindo ao Partido dos Trabalhadores . Logo no início do segundo turno, o apoio a Bolsonaro, selando as pazes com o candidato .

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