Acusações contra o ministro das Comunicações , Juscelino Filho (União Brasil), serão apuradas pela Comissão de Ética da Presidência da República . O órgão tem o poder de abrir um procedimento investigativo de ofício caso sinta a necessidade de aprofundar a análise sobre a conduta do ministro.
O colegiado irá se reunir no dia 28 de março e o tema entrará em debate, segundo afirmou Edson Sá Teles, presidente da Comissão de Ética, à CBN. Ele explicou que os integrantes do grupo já sabem do caso por causa das informações dadas pela imprensa e agora o assunto entrará em discussão.
Juscelino Filho é acusado de direcionar R$ 7,5 milhões do Orçamento Secreto para a cidade de Vitorino Freire (MA), comandada por sua irmã, Luanna Rezende. Do total, R$ 5 milhões foram usados para asfaltar uma estrada que passa pela fazenda de sua família. A denúncia foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo .
O ministro ainda é suspeito de ocultar R$ 2,2 milhões em cavalos de raça na prestação de contas à Justiça Eleitoral na campanha para deputado federal de 2022, segundo o Estadão. Ao Tribunal Superior Eleitoral, Juscelino disse ter R$ 4,4 milhões em patrimônio.
Outra denúncia que chegou ao Palácio do Planalto é o uso de um avião da FAB para a participação de um leilão de equinos em São Paulo. Segundo o jornal, o ministro disse que teria uma viagem de “urgência”, justificativa tradicionalmente acatada pela presidência da República.
Juscelino vai se encontrar com Lula
Nesta segunda, o ministro vai ficar frente a frente com Lula para dar explicações sobre o caso. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defende a saída de Juscelino do governo. No entanto, o presidente da República tem defendido cautela para não causar mal-estar com o União Brasil.
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Em nota assinada pelo líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento, e pelo líder da legenda no Senado, Efraim Filho, o partido acusa Gleisi de ser incoerente. Eles dizem que Gleisi defende aliados ao dizer que todos merecem o direito de defesa, mas tem feito pré-julgamentos sobre o caso de Juscelino.
Já o vice-presidente do União, Junior Bozzella, relatou que o documento não reflete a opinião da agremiação. Internamente, o ministro não é unânime dentro do próprio partido e há alas do UB que defendem a saída dele para que outro nome da sigla seja indicado para o cargo.
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