O presidente eleito Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (2) que vai anunciar os seus ministros após o dia 12 de dezembro. Em entrevista coletiva na CCBB
(Centro Cultural do Banco do Brasil), ele relatou que vai esperar ser diplomado pelo TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) para detalhar como funcionará os seus ministérios.
"Eu não escolhi ministro. Estou em um processo de conversa com as forças políticas. Eu já conversei com forças políticas que não me apoiaram durante a campanha, mas que são de partidos que têm importância no Congresso Nacional, seja na Câmara dos Deputados ou no Senado. [...] Depois que eu for diplomado, reconhecido, aí vou começar a escolher meu ministério. Não precisa ninguém ficar angustiado", afirmou.
Ele também deixou claro que não terá Gleisi Hoffmann em nenhuma pasta. "Eu tive uma discussão com a companheira Gleisi e disse para a companheira Gleisi que, primeiro, o PT é um partido muito grande, o PT é um partido muito importante e o PT é um partido majoritário na montagem da governança dentro do Congresso Nacional", afirmou Lula ao lado de Gleisi.
Na avaliação do presidente eleito, Hoffmann terá um papel importante na continuação da organização do Partido dos Trabalhadores. Ele explicou que outras pessoas ficarão responsáveis por representar a sigla no governo federal.
"É muito importante manter o PT se organizando, manter o PT se fortalecendo e tem outras pessoas que podem representá-la dignamente no governo, a começar pelo presidente da República. Então, o fato de eu ter dito para a Gleisi que ela não será ministra é o reconhecimento do papel que a Gleisi tem na organização política do PT no Brasil", relatou.
Gleisi foi cotada para ocupar um ministério de destaque, como a pasta da Casa Civil. Porém, a deputada sofre grande rejeição de importantes alas da classe política. Por conta disso, Lula resolveu destacar qualquer possibilidade de tê-la no comando de alguma pasta.
Os nomes cotados
Lula já sinalizou quais nomes farão parte dos ministérios do seu governo. Fernando Haddad deve ocupar a Fazenda ou Planejamento, enquanto Marina Silva é favorita para o Meio Ambiente. Simone Tebet é vista como o nome certo para o Desenvolvimento Social e Rui Costa deverá ficar com a Casa Civil.
Márcio França, Guilherme Boulos, Flávio Dino, José Múcio, Sonia Guajajara, Wellington Dias e Persio Arida são alguns nomes cotados para estarem na equipe do presidente eleito a partir de 2023.
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