O PT iniciou uma intensa articulação nos bastidores para que Fernando Haddad
( PT
) seja confirmado ministro da Fazenda. A direção da legenda recebeu a sinalização que o presidente eleito Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) está inclinado a nomear o ex-prefeito de São Paulo. Para que o professor universitário não sofra alta rejeição do mercado financeiro, o Partido dos Trabalhadores resolveu fazer concessões, como entregar o Ministério do Planejamento para uma figura mais técnica.
Segundo apurou o Portal iG, a cúpula petista defendeu fortemente nos bastidores que a pasta econômica ficasse nas mãos do partido. A intenção é evitar que outra sigla roube o protagonismo. A legenda também tem a preocupação que um nome muito técnico queira implementar uma agenda liberal.
Com o desejo de Lula em colocar uma figura política no cargo para negociar com o Congresso Nacional, o PT indicou Haddad e Alexandre Padilha. O deputado federal era visto como um perfil mais maleável, no entanto, o ex-ministro da Educação é homem de total confiança do presidente eleito.
Por causa disso, Haddad foi chamado para a COP27 e teve a missão de conversar com bancários no evento da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos). A intenção da sigla é dialogar com empresários e executivos e evidenciar que o petista estará no Ministério da Fazenda.
Haddad representa Lula na Febraban e fala de reforma tributária
Lula não participou do evento da Febraban porque se recupera de um procedimento cirúrgico na voz. Haddad foi escolhido para representá-lo e explicar alguns planos econômicos que o futuro governo tem para Brasil. O ex-prefeito relatou que será feita uma reforma tributária.
“A determinação clara do presidente Lula é que nós possamos dar logo no início do próximo governo prioridade total à reforma tributária”, contou.
“Me parece que o presidente Lula vai dar prioridade no ano que vem à aprovação dessa primeira etapa da reforma tributária, que diz respeito a alguns tributos. Mas, na sequência, pretende encaminhar uma proposta de reformulação de impostos sobre renda e patrimônio para completar o círculo de reforma dos tributos no Brasil”, acrescentou.
Haddad ainda falou que o atual sistema tributário prejudica os investimentos no Brasil. “O compromisso do presidente com a agenda de realizar em 2023 a reforma tributária conta com o apoio da sociedade, inclusive do setor bancário, para que a gente tenha êxito no ano que vem. Uma reforma que é essencial e estrutural”, completou.
Após a reunião, todos os participantes tiveram a certeza que Haddad cuidará da Fazenda. Resta agora o presidente eleito Lula confirmar.
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