O ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT), em busca da vitória nas eleições 2022
no primeiro turno, tem trabalhado nos últimos dias para aprofundar suas relações com empresários
da elite do setor financeiro
. Na última terça (27), ele se reuniu com associados da Esfera e conversou com membros da Faria Lima na semana passada.
O movimento do petista não é por acaso. Ele já avisou ao Partido dos Trabalhadores que fará um governo de centro e por isso necessita ter o apoio de todos os setores da sociedade. Por isso resolveu se reaproximar de empresários que, em sua maioria, estiveram ao lado de Jair Bolsonaro (PL) em 2018.
Durante a pré-campanha, Lula se recusou em conversar com esses empresários e escalou aliados para manter pontes com o grupo. O objetivo do líder nas pesquisas era consolidar sua base de apoio, tendo quase todos os partidos de esquerda ao seu lado, e agitar a militância para alavancar sua candidatura.
Em primeiro lugar nas pesquisas, o ex-presidente iniciou um trabalho para conquistar os indecisos e eleitores que apoiam Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) para vencer no primeiro turno. Com grande chance de liquidar a disputa no dia 2 de outubro, o petista trabalha para se reaproximar de setores mais próximos da centro-direita.
Por conta disso, nos últimos dias, Lula tem conversado não apenas com empresários, mas também com economistas que possuem posições diferentes das medidas adotadas pelo PT durante 2003 até 2016, quando o partido governou o Brasil. André Lara Resende, por exemplo, manifestou apoio ao ex-presidente.
Lula e o jantar com empresários
O jantar com empresários foi considerado positivo por quem esteve presente no local. O ex-presidente recebeu aplausos de todos que participaram do evento e demonstrou muita boa vontade em dialogar sobre os assuntos econômicos do país. Lula chegou a dizer que, para dar um ponto final na pobreza do Brasil, precisará do apoio dos executivos do setor financeiro.
O petista deixou claro que não fará loucuras e respeitará as regras fiscais, no entanto, avisou que dará um ponto final no teto de gastos, criando uma nova âncora econômica para o governo federal.
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