Ocorreram 23 ataques com violência extrema em escolas no Brasil entre 2002 e 2023, segundo levantamento feito pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Em 20 anos, morreram 24 estudantes, quatro professores e dois profissionais de educação. Nesta segunda-feira (27), uma professora da escola estadual de São Paulo de 71 anos entrou na estatística ao ser morta a facadas por um aluno.
Em entrevista ao programa Estúdio i, do canal pago GloboNews, pesquisadora Telma Vinha, da Faculdade de Educação e Coordenadora do Grupo “Ética, Diversidade e Democracia na Escola Pública” do Instituto de Estudos Avançados da Unicamp, afirmou que são necessárias ações para que os ataques sejam evitados.
A especialista apontou que o trabalho de acompanhamento do comportamento dos alunos na escola e no seu dia a dia pode ser eficaz para identificar possíveis planos violentos nas escolas.
“Muitos claramente colocam na internet que vão atacar a escola. Sabemos que vai acontecer de novo, só não sabemos quando. Quando você atinge uma escola, você atinge uma comunidade. A escola faz parte da identidade das pessoas”, explicou.
Os pesquisadores demonstram preocupação com o crescimento de ataques entre 2022 e 2023. No segundo semestre do ano passado, aconteceram sete episódios, enquanto neste ano já foram registradas duas ocorrências. “Isso é muito sério. O crescimento é exponencial”, pontuou a professora.
Confira os dados da Unicamp sobre violência dentro de escolas de 2002 a 2023:
- Escolas estaduais: 12
- Escolas municipais: 7
- Escolas particulares: 4
Mortes (2002 - 2023):
- Estudantes: 24
- Professores: 4
- Profissionais de educação: 2
Motivos:
- Vingança
- Raiva
- Usuários de cultura extremista
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