
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu autorização ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que a médica Marina Grazziotin Pasolini possa atendê-lo em casa após uma piora na crise de soluços.
O pedido foi protocolado na última sexta-feira (10), mas só entrou no sistema do STF nesta segunda-feira (13), ainda sem decisão do relator.
No documento, os advogados afirmam que o ex-presidente tem apresentado "episódios persistentes de soluço" e solicitam a "célere apreciação" do pedido, sob o argumento de que o atendimento é necessário diante do quadro de saúde.
Questões de saúde durante a prisão domiciliar
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o início de agosto, após descumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo, e só pode receber visitas com autorização judicial.
Desde então, ele já deixou a residência três vezes para consultas médicas. A última ocorreu em 16 de setembro, quando passou mal e foi levado às pressas ao hospital, sem autorização prévia do STF - o deslocamento precisou ser justificado depois. Na ocasião, ele apresentou crise de soluço, pressão baixa e vômitos.
Dias antes, o ex-presidente foi diagnosticado com anemia por deficiência de ferro e resquícios de uma pneumonia.
O médico de Bolsonaro, Cláudio Birolini, já afirmou que as crises tendem a se intensificar quando o ex-presidente fala por longos períodos. Na semana passada, ele voltou a ter episódios de soluço após receber a visita do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Antes, Moraes já havia autorizado a visita de uma lista de médicos à casa do ex-presidente de forma contínua, sem necessidade de novos pedidos.