Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordem
Roberto Suguino / Agência Senado Fonte: Agência Senado
Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordem

Um documento da Polícia Federal  (PF) aponta que o ex-presidente Jair Bolsonaro ( PL ) estaria envolvido na redação e nos ajustes da  minuta de decreto que visava um golpe de Estado em 2022. As informações foram divulgadas pelo portal Terra

As informações foram obtidas pela PF após análise dos dados armazenados no aparelho celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro , Mauro Cid . Segundo a investigação, o ex-presidente sabia da minuta do golpe e ajudava a redigir e ajustar o documento.

A
PF também investiga um grupo de militares especializados em Forças Especiais (FE), que teria planejado o golpe e até mesmo a execução do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em uma troca de mensagem com o ex-comandante do Exército general Marco Antônio Freire Gomes, Cid diz que Bolsonaro "enxugou" o documento golpista e que estava sofrendo pressão de deputados e de pessoas ligadas ao agronegócio para "tomar uma medida mais pesada utilizando as forças [armadas]."

Leia a mensagem na íntegra:

“Boa tarde, General!

Só para atualizar, o que vem acontecendo é o seguinte: o presidente tem recebido várias pressões para tomar uma medida mais pesada, onde ele vai, obviamente, utilizar as forças, né? Mas ele sabe, ele ainda continua com aquela ideia que ele saiu da última reunião.

A pressão que ele recebe é de todo mundo: é cara do agro, são alguns deputados, né? A pressão que ele tem recebido é muito grande. Hoje, o que ele fez de manhã? Ele enxugou o decreto, aqueles considerandos que o senhor viu, e fez um decreto muito mais resumido, né? E o que ele comentou de falar com o General Theóphilo?

Na verdade, ele quer conversar, ele gosta de bater papo, né? Acho que, de alguma forma, como ele está sem sair do Alvorada, como ele está preso no Alvorada, ali, é uma maneira que ele tem de desopilar ou de tocar para frente.

Porque, se a força não incendiar, o status quo se mantém aí como o que estava previsto, que estava sendo feito, que estava sendo levado nas reuniões em consideração, tá? Sim, é, mas obviamente tem muita gente."




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