A primeira-dama Janja da Silva postou uma foto em suas redes sociais com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco , no fim da noite desta quinta-feira (5). A publicação foi feita horas depois de serem divulgadas as denúncias de assédio sexual contra o ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida .
As denúncias foram feitas pela ONG Me Too Brasil , que presta apoio a vítimas de violência sexual, mas sem citar nomes das vítimas. O portal Metrópoles, que revelou o caso, publicou em reportagem que Anielle seria uma delas. Até o momento, Anielle Franco não comentou o caso publicamente.
Sem citar especificamente o episódio, e também sem incluir qualquer legenda, Janja postou uma foto em que aparece beijando carinhosamente a testa de Anielle Franco. O conteúdo foi publicado nos stories da conta do Instagram da primeira-dama.
Segundo a colunista do jornal O Globo Malu Gaspar, a ministra da Igualdade Racial chegou a conversar com Janja a respeito do caso. Ela também teria tratado do tema com os ministros da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Carvalho.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta sexta-feira que a foto publicada por Janja é uma demonstração de apoio público à ministra Anielle Franco, porque "não tem mulher que fique favorável a uma denúncia por assédio".
Reação do governo
A Comissão de Ética Pública realizou uma reunião na manhã desta sexta-feira (6) para analisar o caso, na qual decidiu por abrir investigação contra o ministro. Em nota divulgada nesta quinta-feira (5), o governo federal informou que o ministro foi chamado a prestar esclarecimentos a Vinícius Carvalho e ao advogado-geral da União, Jorge Messias.
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A nota diz que “O governo federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”.
Silvio Almeida também postou nota oficial na quinta (5), na qual negou o assédio e repudiou as acusações. O ministro também disse que iria solicitar a apuração do caso e pedir para que o Me Too explique as denúncias .
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