Silvio Almeida afirmou que vai solicitar a apuração do caso
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Silvio Almeida afirmou que vai solicitar a apuração do caso

A Comissão de Ética Pública do governo federal, vinculada à Presidência da República , realizou uma reunião extraordinária na manhã desta sexta-feira (6) para analisar as denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos , Silvio Almeida . A decisão foi anunciada em uma nota divulgada após reunião do colegiado, no Palácio do Planalto.

A Comissão de Ética Pública é um "código de ética" para autoridades de alto escalão que possui a função de fiscalizar o cumprimento do Código de Conduta da Alta Administração, o que inclui ministros , diretores e secretários da esfera federal do governo. 

Na nota, a Comissão informou que “a respeito de supostos casos de assédio sexual envolvendo o Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania , e considerando ofício recebido do próprio Ministério, o Colegiado, por unanimidade, deliberou, na 27ª Reunião Extraordinária da Comissão de Ética Pública (CEP), de 6 de setembro de 2024, pela abertura de procedimento preliminar, para solicitar esclarecimentos ao Ministro sobre os fatos narrados”.

Silvio Almeida terá 10 dias úteis para apresentar defesa junto ao Conselho de Ética da Presidência. O prisedente da República, Luiz Inácio Lula da Silva , disse nesta sexta-feira (6) que "não é possível a continuidade" do ministro diante das denúncias de assédio sexual .

A denúncia

Segundo a ONG Me Too (organização não governamental que combate crimes contra as mulheres), mulheres denunciaram terem sido vítimas de assédio por parte do ministro. O blog vinculado à ONG apurou que pelo menos quatro denúncias fazem referência a assédio sexual.

O site Metrópoles afirma que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, é uma das vítimas . Anielle ainda não se pronunciou sobre o tema. O ministro Silvio Almeida postou uma nota oficial, na última quinta-feira (5), na qual negou ter cometido assédio. Ele também repudiou o que chamou de "ilações absurdas".

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Anielle Franco ainda não se pronunciou

A ministra Anielle Franco, apontada como uma das vítimas de assédio, não comentou o caso até o momento. A nota da Me Too Brasil não cita o nome de Anielle ou de outras vítimas.


Silvio Almeida afirmou que vai solicitar a apuração do caso. O governo federal diz investigar as denúncias.

Nesta sexta-feira (6), o  ministro dos Direitos Humanos enviou à Justiça um pedido de interpelação judicial contra a Me Too Brasil, pedindo para a organização detalhar as denúncias e dizer qual encaminhamento deu às informações.

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