Alexandre de Moraes é ministro do STF
Agência Brasil
Alexandre de Moraes é ministro do STF

Uma troca de mensagens entre os policiais Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues , presos na quarta fase da "Operação Última Milha" , mostra ambos concordando que o ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF) , merecia um "tiro na cabeça". O diálogo aconteceu em agosto de 2021 e consta no relatório da  Polícia Federal (PF) sobre o caso. 

Na conversa, um dos policiais diz que "esse careca [Moraes] está merecendo algo a mais". O outro, então, responde: "Só [fuzil] 7.62". O interlocutor acrescenta: "head shot" [tiro na cabeça]. 

Já em outro momento, um deles se mostra pessimista sobre a saída de Moraes do STF. "Com esse careca filho da puta só tiro mesmo. Impeachment dele não sai", comentou. 

Segundo a PF, ambos foram chamados para prestar depoimento sobre o episódio. "Os investigados Giancarlo e Bormevet, por oportuno, foram intimados para prestarem esclarecimentos sobre os fatos colacionados. O primeiro encaminhou atestado de saúde para justificar o não comparecimento, o segundo se reservou ao direito sagrado ao silêncio sob a justificativa de não ter tido acesso às diligências de análise em andamento", disse.

Conhecimento de minuta golpista

Um outro print da conversa entre Giancarlo e Bormevet mostra que eles tinham conhecimento da minuta golpista que manteria Jair Bolsonaro (PL) na Presidência da República. 

"O nosso PR imbrochável já assinou a porra do decreto", questiona Bormevet, em conversa do dia 21 de dezembro de 2022. "Assinou nada. Tá foda essa espera, se é que vai ter alguma coisa", respondeu Giancarlos Rodrigues. "Tem dia que eu acredito que terá, tem dia que não", complementou Bormevet. 


Abin paralela

A PF cumpriu a decisão do ministro Alexandre de Moraes e prendeu, nesta quinta-feira (11), quatro policiais suspeitos de integrar a "Abin paralela". Até agora, foram presos Mateus de Carvalho Sposito, Richards Dyer Pozzer, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues. 

De acordo com a PF, investigadores descobriram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

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