Nesta quinta-feira (4), a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos inquéritos sobre a venda ilegal de joias no exterior e sobre a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19.
A PF já indiciou Bolsonaro na investigação sobre a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19. Com ele, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas também foram indiciados.
O caso será encaminhado ao Ministério Público Federal para análise quanto à possibilidade de apresentação de denúncia contra Bolsonaro e os outros indiciados. Se acontecer, eles poderão enfrentar um processo criminal.
Contudo, a abertura desse eventual processo ficará a cargo do Supremo Tribunal Federal (STF), visto que o caso está sob sua jurisdição, com relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
O crime de inserção de dados falsos em sistema de informações acarreta uma pena de 2 a 12 anos de prisão, enquanto a associação criminosa prevê uma pena de 1 a 3 anos.
Ex-prefeito é alvo da PF
A Polícia Federal (PF) apreendeu cerca de R$ 200 mil na casa do secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ), Washington Reis (MDB). Ao todo, os policiais encontraram R$ 164 mil em dinheiro vivo, além de US$ 5,7 mil (cerca de R$ 31,2 mil pela conversão atual) e 170 euros (aproximadamente R$ 1 mil) na casa do político.
Washington Reis é um dos investigados na segunda etapa da Operação Venire, deflagrada nesta quinta-feira (4) pela Polícia Federal. A operação mira o suposto esquema de falsificação nos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus familiares em 2022.
A PF cumpre mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR), para "buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento". Além de Reis, outro alvo da PF é Célia Serrano, secretária de Saúde de Caxias.
Bolsonaro nega ter se imunizado
Oficialmente, Bolsonaro nega que tenha se vacinado e diz não ter cometido qualquer irregularidade.
"Não tomei a vacina. Nunca me foi pedido cartão de vacina [para entrar nos EUA]. Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina, ponto final. Nunca neguei isso. Havia gente que me pressionava para tomar, natural. Mas não tomava, porque li a bula da Pfizer", disse o ex-chefe do Executivo.
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