Dinheiro apreendido na casa do ex-prefeito de Duque de Caxias
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Dinheiro apreendido na casa do ex-prefeito de Duque de Caxias

Polícia Federal (PF) apreendeu cerca de R$ 200 mil na casa do secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias (RJ), Washington Reis (MDB). Ao todo, os policiais encontraram R$ 164 mil em dinheiro vivo, além de US$ 5,7 mil (cerca de R$ 31,2 mil pela conversão atual) e 170 euros (aproximadamente R$ 1 mil) na casa do político.

Washignton Reis é um dos investigados na segunda etapa da Operação Venire , deflagrada nesta quinta-feira (4) pela Polícia Federal. A operação mira o suposto esquema de falsificação nos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus familiares em 2022 .

A PF cumpre mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR), para "buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento". Além de Reis, outro alvo da PF é Célia Serrano , secretária de Saúde de Caxias.

Em entrevista à TV GloboNews , o ex-prefeito de Duque de Caxias negou qualquer envolvimento com o esquema. "Vacinamos todo mundo. Não guardamos vacina, nunca faltou vacina, isso nunca é dito. Agora a gente está sendo vítima, não vou dizer de covardia porque eu não sou frouxo. Eu vou trabalhar", disse Washington Reis sobre o caso. 


Entenda o suposto esquema

Segundo a investigação da PF, o suposto esquema teria inserido informações falsas sobre a aplicação de doses de vacina em Bolsonaro e os outros beneficiários para emitir um certificado de vacinação e burlar as regras para entrada nos Estados Unidos em dezembro de 2022.

"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes, impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) e destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19", diz a PF.

Em março deste ano, a PF indiciou Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas no caso.

O inquérito, porém, retornou à PGR para novas diligência, segundo o jornal Estado de Minas . Agora, a PF concluiu o pedido de indiciamento, que será novamente encaminhado à PGR, que decidirá se apresenta, ou não, denúncia ao STF.

Bolsonaro nega ter se imunizado

Oficialmente, Bolsonaro nega que tenha se vacinado e diz não ter cometido qualquer irregularidade.

"Não tomei a vacina. Nunca me foi pedido cartão de vacina [para entrar nos EUA]. Não existe adulteração da minha parte. Não tomei a vacina, ponto final. Nunca neguei isso. Havia gente que me pressionava para tomar, natural. Mas não tomava, porque li a bula da Pfizer", disse o ex-chefe do Executivo.

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