Presidente Lula ao lado do deputado federal (PSOL) e pré-candidato à prefeitura de SP, Guilherme Boulos, durante ato das centrais sindicais do Dia do Trabalhador, na Arena Neo Quimica do Corinthians
Paulo Pinto/Agência Brasil - 1/05/2024
Presidente Lula ao lado do deputado federal (PSOL) e pré-candidato à prefeitura de SP, Guilherme Boulos, durante ato das centrais sindicais do Dia do Trabalhador, na Arena Neo Quimica do Corinthians

Guilherme Boulos, pré-candidato a prefeito de São Paulo e deputado federal, disse que as ações na Justiça movidas pelos opositores devido ao  presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter pedido votos para ele em ato público no dia 1º de maio  são "tempestade em copo d’água".

Para Boulos, "o presidente Lula apenas manifestou o desejo de voto dele, que já era público". "Não é segredo para ninguém", acrescentou, em conversa com jornalistas.

Uma das denúncias veio do MDB, partido de Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo e principal opositor de Boulos na corrida eleitoral. "Eu fico estarrecido com a cara de pau do prefeito Ricardo Nunes. Ele não tem autoridade moral para acusar ninguém em relação ao uso da máquina pública. Ele está usando ela há um ano para fazer campanha eleitoral", disse Boulos.

Entenda o caso

Durante o ato de 1º de Maio, organizado pelas centrais sindicais em São Paulo, Lula pediu explicitamente para seus apoiadores votarem em Boulos. Esse comportamento é proibido pela legislação eleitoral no período de pré-campanha. 

No palco, Boulos foi chamado de candidato, mesmo a candidatura oficial acontecendo só em julho, de acordo com o calendário eleitoral. "Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. E eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula, em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010 e em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo", disse o chefe do Executivo, enquanto levantava um dos braços do psolista.

Denúncia

Lula e Boulos foram denunciados na Justiça Eleitoral pelo MDB  (Movimento Democrático Brasileiro). A ação alega que Lula e Boulos fizeram "propaganda eleitoral antecipada" durante o ato no Dia do Trabalho.

O ato foi transmitido nas redes sociais oficiais do governo federal, de onde o vídeo foi posteriormente deletado.

O partido considera também entrar com uma ação na Justiça Eleitoral por abuso de poder político e econômico. Isso poderia levar à cassação do registro de Boulos e tornar Lula inelegível.

Propaganda eleitoral

Segundo o calendário eleitoral de 2024, a propaganda só pode ser feita a partir de 16 de agosto, data em que se encerra o prazo para  registro de candidaturas .

Antes dessa data, qualquer propaganda ou manifestação com pedido explicito de voto pode ser considerada irregular e sujeito a multa de até R$ 25 mil.

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