Marielle: relator na CCJ defende que Chiquinho Brazão continue preso

O deputado está preso desde domingo (24), por ser considerado suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco

Chiquinho Brazão foi preso no domingo (24) suspeito de ser um dos mandantes da morte de Marielle Franco
Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados - 13/03/2024
Chiquinho Brazão foi preso no domingo (24) suspeito de ser um dos mandantes da morte de Marielle Franco

O deputado Darci de Matos (PSD-SC) apresenta nesta terça-feira (26) o relatório sobre a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) , acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

O parlamentar defende que Chiquinho Brazão continue preso.

"Ante o quadro acima exposto, considerando presentes os requisitos constitucionais do flagrante e da inafiançabilidade, além de estar adequadamente fundamentada, meu voto é pela preservação da eficácia da decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, referendada, à unanimidade, pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal", diz o relatório de Darci de Matos obtido antecipadamente pela Globonews .

O documento será lido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e o colegiado vai analisar o parecer de Darci de Matos ainda nesta terça-feira. Após esta fase, o trâmite será enviado ao plenário da Câmara. 

No plenário, que ainda não tem sessão marcada, Chiquinho Brazão só terá a prisão revogada se a maioria absoluta dos deputados (257 votos) decidirem pela anulação. A votação será aberta e terá os votos dos parlamentares divulgados.

Chiquinho Brazão foi preso no último domingo (24)  por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes. O deputado também já foi expulso do partido que integrava, o União Brasil .

Além de Chiquinho, os outros suspeitos são:  o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa.

Segundo a Constituição, quando há prisão de parlamentares em exercício, elas precisam ser autenticadas pela Câmara .

"Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão", diz o artigo 53 da Constituição.

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