O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez uma crítica à atuação da Polícia Federal sobre o inquérito que tem o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como alvo.
Durante eventos em São José do Rio Preto (SP), em celebração ao aniversário do município, o parlamentar chamou a corporação de "cachorrinhos de Moraes", em alusão a uma suposta leniência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
"A PF vai investigar esse e-mail ou vai continuar sendo cachorrinho do Alexandre de Moraes? A Gestapo de Alexandre de Moraes? Ninguém aguenta mais isso não", disse o deputado, em entrevista ao jornal Diário da Região.
"Depende de qual Polícia Federal: a normal ou a do Moraes? Com certeza, a Polícia Federal que cumpre ordens do Alexandre de Moraes, que faz parte desta investigação toda [...] Porque ele [Moraes] está julgando o cartão de vacina do presidente se nem é mais presidente? Porque esses inquéritos todos caem na mão dele?", questionou.
A fala ocorreu nesta segunda-feira (18), mesmo dia em que o ex-presidente foi indiciado pela PF no inquérito que investiga um suposto esquema de falsificações de cartões de vacina. O ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, afirmou em delação premiada que o ex-presidente teria ordenado a falsificação. A defesa de Bolsonaro nega.
Na entrevista, Eduardo negou que o pai tenha cometido qualquer irregularidade:
"Para que falsificaria? Não tem por quê. Eu entrei em vários países sem cartão de vacina, porque uma das exceções era missão oficial. Se o presidente tem passaporte diplomático, está em missão oficial, isso é o suficiente para entrar em qualquer país sem vacina", defendeu.
Bolsonaro indiciado
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 16 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19. A informação foi divulgada nesta terça-feira (19) pela jornalista Daniela Lima, da GloboNews .
Com isso, o processo segue para o Ministério Público, que decide efetivamente apresentar denúncia à Justiça ou arquivar a apuração. O tenente-coronel Mauro Cid também consta na lista de indiciados. No caso de Cid, a PF também aponta crime de uso indevido de documento falso.
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