O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou neste domingo (25) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não é "uma pessoa", mas sim "representa um movimento".
A fala foi feita em ato convocado por Bolsonaro na avenida Paulista , em São Paulo. Além de Tarcísio, os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e do Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), estiveram presentes, mas não discursaram.
O ato acontece em meio às investigações da Operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal (PF) e que mira Bolsonaro e aliados em apurações sobre uma possível tentativa de golpe de Estado.
Em sua fala, Tarcísio chamou Bolsonaro de "nosso sempre presidente" e de "meu amigo". "Meu amigo Bolsonaro, você não é mais um CPF, você não é mais uma pessoa; você representa um movimento", disse o governador.
"Nós estamos aqui para celebrar hoje o verde e amarelo, o amor ao nosso país e o Estado democrático de direito", declarou. Tarcísio usou seu discurso para enaltecer o "legado" de Bolsonaro na presidência do Brasil, citando medidas como o auxílio emergencial e o Pix.
"Eu não era ninguém, e o presidente apostou em pessoas como eu. Nunca pegou nada para si, nunca quis crédito, sempre entregou o crédito apra quem trabalhava com ele", disse.
Tarcísio também criticou o isolamento social estabelecido em alguns estados brasileiros durante a pandemia da Covid-19, e defendeu a postura de Bolsonaro à época. "Eu estava na sala com o presidente e o Paulo Guedes quando ele disse: 'Se fecharem tudo, as pessoas não vão ter como viver, precisamos bolar uma saída, precisamos de um auxílio'", declarou.
O governador também exaltou Bolsonaro por "sempre ter respeitado Israel e a luta do seu povo". A fala acontece em meio a uma crise entre Brasil e Israel após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar os ataques do governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na Faixa de Gaza ao massacre de judeus durante o Holocausto.