Valdemar Costa Neto, presidente do PL, saiu da prisão da Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília na noite deste sábado (10). Ele recebeu liberdade provisória do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no fim da tarde.
Durante sua saída, Valdemar foi questionado como foi passar dois dias preso. “Foi bem. Foi tranquilo”, comentou ao jornal O Globo, avisando que não poderia dar mais detalhes sobre o assunto. “O Marcelo Bessa (advogado) não quer que eu fale”.
Valdemar foi detido na última quinta-feira (8) após a Polícia Federal realizar buscas e apreensões na sede do PL. O líder do Partido Liberal estava em posse de uma arma sem licença e com registro vencido para utilizá-la, além de possuir uma pepita de ouro, levantando suspeitas de usurpação mineral, crime inafiançável.
Os advogados de Valdemar argumentaram que "não há nenhum fato relevante" e que a pepita apreendida tem baixo valor, não sendo considerada um crime, além de ser tratada como uma relíquia.
Em relação à arma, a defesa explicou que o objeto é registrado e possui autorização para uso, sendo guardado por um familiar próximo, mas que foi esquecido há muitos anos no apartamento de Valdemar.
Para conceder a liberdade provisória ao presidente do PL, Moraes usou como argumento a idade de Valdemar – ele tem 74 anos – e que os crimes que o levaram ao flagrante não são de grave ameaça.
“Ocorre, entretanto, que, apesar de continuam presentes os requisitos ensejadores da prisão preventiva, algumas circunstâncias específicas devem ser analisadas, uma vez que o investigado é idoso, tendo 74 (setenta e quatro) anos, e não teria cometido os crimes com violência ou grave ameaça, tendo sido os objetos encontrados dentro de sua residência, no momento do cumprimento de mandado de busca e apreensão”, disse o ministro em sua decisão.