Pré-candidatos a prefeito e vereador do Partido Liberal (PL) em centenas de cidades brasileiras estão apreensivos com o futuro da legenda e consideram a possibilidade de concorrer nas eleições de 2024 por outras siglas. A Operação Tempus Veritatis, que colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o PL sob escrutínio, tem gerado grande temor entre políticos de municípios de médio e pequeno porte, que temem pela cassação do registro eleitoral do partido durante o pleito.
Dirigentes estaduais e nacionais do PL têm buscado tranquilizar os pré-candidatos, argumentando que é improvável que um partido da magnitude do PL sofra tal punição.
No entanto, os pré-candidatos expressam suas preocupações, alegando que, embora a cassação durante a eleição seja considerada improvável, há o receio de que o partido seja cassado ao longo dos próximos quatro anos, o que poderia resultar na anulação das vitórias de muitos candidatos da legenda. Eles exigem garantias jurídicas para evitar tal cenário.
Além disso, há quem não queira se associar a um partido que supostamente esteve envolvido em um plano de tentativa de golpe de Estado, como sugerido pela Operação Tempus Veritatis. Por isso, lideranças do PL estão trabalhando internamente para manter a estrutura do partido e eleger o maior número possível de candidatos nas eleições de 2024.
A incerteza em relação ao futuro do PL tem gerado um clima de instabilidade entre os pré-candidatos, que se veem diante de uma difícil decisão: permanecer no partido e correr o risco de eventuais consequências legais ou buscar novos caminhos políticos em outras agremiações.