O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (23) que a disputa eleitoral em São Paulo vai repetir o cenário do pleito de 2022, que foi disputado pelo petista e Jair Bolsonaro (PL) .
O presidente se refere a disputa que acontecerá entre o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), contra o candidato Ricardo Nunes (MDB), que concorrerá à reeleição. O PT, de Lula, se aliou ao PSOL, de Boulos, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro tende a apoiar o atual prefeito, Nunes.
"Na capital de São Paulo é uma coisa muito especial. É uma confrontação direta entre o ex-presidente e o atual presidente. Entre eu e a figura (em referência a Bolsonaro). E a gente vai disputar as eleições. Fiquei muito feliz de convencer a companheira Marta Suplicy", disse Lula em entrevista à Rádio Bahia.
No dia 9 de janeiro, a ex-senadora Marta Suplicy (Sem Partido) aceitou ser vice do deputado federal Guilherme Boulos na disputa pela prefeitura de São Paulo.
Marta se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ouvir a proposta dos petistas sobre o pleito. Além de Lula, o deputado federal e ex-presidente do PT Rui Falcão participou do encontro.
A ex-prefeita de São Paulo estava ocupando o cargo de secretária de Relações Internacionais no governo de Ricardo Nunes, e deixou a função para se candidatar com Boulos.
"Claro que causou um desconforto porque ela estava no governo do Ricardo (Nunes) há três anos. Acho que até pelo fato de o MDB fazer parte do governo, ele (Lula) poderia ter agido de maneira diferente, sim. Mas a gente tem que respeitar. É a eleição mais importante do Brasil. É natural o presidente Lula articular", disse o deputado federal Baleia Rossi, presidente do MDB.
"Acho que temos condições de ganhar as eleições em muitas capitais.[...] Eu não vou me jogar para criar conflito, tenho que saber que eu sou presidente, que eu tenho que conversar com as pessoas, que eu tenho que fazer um jogo mais ou menos acertado para que eu não traga problema depois quando terminar as eleições aqui no Congresso Nacional", avaliou Lula.