Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a demora pelo acordo de quatro dias de trégua entre Israel e Hamas. Momentos antes, ele  elogiou a negociação e pediu solução 'duradoura' do conflito.

Ontem (22), durante um evento do programa Minha Casa, Minha Vida no Palácio do Planalto, Lula afirmou que os israelenses e o grupo extremista "não deveria nem ter começado a guerra".

“Vocês viram que foi feito um acordo ontem [21.nov], depois de 14.000 mortos, depois quase 6.000 desaparecidos, depois de quase 6.000 crianças mortas, depois de centenas de mulheres fazerem cesariana para poder tirar o filho antes de morrer. Depois de tudo isso, os insanos que fizeram a guerra resolvem fazer um pacto de 4 dias quando poderia nem ter começado a guerra”, disse o chefe do Executivo.

Horas antes, ele saudou o acordo e pediu que fosse encontrada uma solução para a guerra. 

"Quero saudar o acordo anunciado hoje entre Israel e o Hamas, que envolve a libertação de reféns em troca de uma trégua temporária de quatro dias e da libertação de prisioneiros palestinos. Espero que esse acordo possa pavimentar o caminho para uma saída política e duradoura para este conflito e para a retomada do processo de paz entre Israel e Palestina", afirmou Lula durante reunião da cúpula do G20.

A guerra já dura 48 dias na Faixa de Gaza e já deixou mais de 15 mil mortos, sendo 14,1 mil palestinos e 1.400 israelenses, segundo o Ministério da Saúde da Palestina.


O acordo

Na noite de terça-feira (21), Israel e Hamas negociaram e chegaram a um acordo . Os israelenses irão cessar-fogo por quatro dias e a organização extremista irá libertar 50 reféns que estão capturados desde o  dia 7 de outubro, data do início do conflito.

O acordo prevê a libertação de 30 crianças e 20 mulheres, incluindo oito mães, pelo Hamas. Israel também se comprometeu a libertar prisioneiros palestinos, segundo comunicado da organização palestina.

Ainda, o gabinete de Netanyahu informou que para cada 10 reféns adicionais libertados, a suspensão de bombardeio seria prolongada por um dia, sem mencionar em troca a libertação de prisioneiros palestinianos.

A priori, a libertação dos capturados deveria acontecer nesta quinta-feira (23), no entanto, eles devem começar a ser soltos a partir de sexta-feira (24) , segundo o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin NetanyahuDesde o início dos conflitos, 240 pessoas foram sequestradas pelo Hamas.

Ainda, em um comunicado do Hamas divulgado na quarta-feira (22), há outros  termos do acordo, como a proibição do tráfego aéreo no sul de Gaza por quatro dias; proibição do tráfego aéreo no norte de Gaza por 6 horas em cada dia de trégua e a liberação do direito dos cidadãos de ir e vir na rua Salah Al-Din, que auxilia no deslocamento do norte para o sul.

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