O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, admitiu ter interesse em integrar o Supremo Tribunal Federal (STF) caso seja indicado por Lula. Dino é apontado como favorito para assumir a cadeira de Rosa Weber, que se aposentará no dia 2 de outubro.
Além do ministro da Justiça, também estão no páreo pela vaga o titular da Advocacia- Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.
"Se o presidente da República convida, é muito difícil dizer não. Vou estar desdenhando do STF, é descabido. Mas ele (Lula) nunca falou comigo sobre o Supremo, sequer insinuou", afirmou Dino em entrevista ao jornal O Globo.
Apesar de declarar que não recusaria a indicação, Dino afirmou que nunca manifestou a Lula qualquer vontade de integrar a Corte. O ministro da Justiça afirmou, ainda, que caso assuma cadeira de Rosa Weber, "jamais" voltaria para a política.
"Se um dia, talvez, eu fosse para o Supremo e pensasse em retornar à política, haveria uma premissa de que eu usaria a toga para ganhar popularidade. Isso eu não farei, ou faria. Jamais. Seria uma decisão definitiva. Ou será, sei lá", declarou.
Caso Dino seja indicado, Dino não deverá sofrer grande resistência do Senado em sua sabatina. O ministro é considerado uma figura de boa interlocução com parlamentares e conta com o apoio até mesmo de membros da oposição.
Nesta sexta-feira, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o partido não deve votar contra a indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF) .
"Se for um cidadão preparado, que é o caso, devemos votar a favor”, disse Valdemar à CNN Brasil .