Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Valter Campanato/Agência Brasil - 12/07/2023
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não é prioridade voltar à Presidência da República. Ele está inelegível pelos próximos oito anos , após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Portanto, o ex-mandatário está impedido de concorrer às eleições municipais de 2024 e às estaduais e nacionais de 2026.

“Eu não penso nisso. Não é prioridade minha. Mas nós criamos sementes pelo Brasil”, disse em entrevista à Folha de S.Paulo.

Bolsonaro revelou ainda que considera “muito difícil” um eventual retorno à Presidência da República, mas se voltar “saberá como se conduzir melhor, sem a inexperiência”.

Em agosto, pouco mais de um mês depois dos ministros do TSE votarem a favor da inelegibilidade do ex-presidente, a defesa apresentou recorreu contra a decisão da Corte Eleitoral. 

Prisão

Bolsonaro ainda falou sobre a possibilidade de ser preso. Segundo ele, não há razões para ele ser detido.

"Dentro da lei, não vislumbro isso para mim. Eu pergunto aos advogados, e eles me dizem que só se for por uma medida de força. Eu teria que ter um julgamento. Eu seria preso preventivamente? Por quê? Eu não estou obstruindo as investigações, não estou conversando com quem [outros investigados] tem medidas cautelares, não estou buscando combinar nada com ninguém, tá certo?", declarou o ex-mandatário.

O ex-presidente criticou ainda que está sendo no Supremo Tribunal Federal.

'Agora, nós reclamamos porque o nosso processo deveria estar correndo na primeira instância [da Justiça], como aconteceu com o Lula e com todos os que já teve problema. Todos. E isso não está sendo respeitado. Por que eu estou [sendo julgado] no Supremo Tribunal Federal? Porque ali não cabe recurso para mim", disse Bolsonaro.


Cirurgia

Jair Bolsonaro finalizou na manhã de terça-feira (12) duas cirurgias e segue estável, em recuperação no quarto . Segundo o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, os procedimentos ocorreram "dentro da maior tranquilidade". 

Desde a facada que recebeu na campanha eleitoral de 2018, o ex-presidente passou por seis procedimentos cirúrgicos, com alguns não ligados diretamente ao ocorrido. 

Na entrevista, ele afirmou não ter medo de morrer.

"Recebi agora imagens, inéditas para mim, de 2018 [quando levou uma facada], em que eu estava delirando [fica com lágrimas nos olhos]. Se eu tivesse morrido, não teria sentido nada. Então essa questão de vida, de morrer, não morrer, ela virá naturalmente. Só peço a Deus que, se for morrer um dia, eu morra sem sofrimento. Diferente do meu pai, que sofreu muito com um câncer. Então essa é a vida."


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