O PP definiu, em uma reunião nesta terça-feira (12), que o deputado Doutor Luizinho será o novo líder da sigla na Câmara dos Deputados. Ele assumirá o cargo após a saída de André Fufuca, que aceitou a nomeação como ministro do Esporte no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A escolha de Luizinho foi unânime entre os parlamentares do PP.
Doutor Luizinho, que é médico de profissão, também é conhecido por sua pré-candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro e por sua orientação política alinhada ao "bolsonarismo". O deputado retorna à Câmara após ter ficado licenciado desde o início do mandato.
A indicação de Luizinho para liderar o PP na Câmara foi convocada por André Fufuca, que não enfrentou adversários na disputa. A exoneração do cargo de secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, que ele ocupava sob a gestão de Cláudio Castro (PL-RJ), foi registrada no mesmo dia em que sua escolha como líder do partido na Câmara foi confirmada.
É importante destacar que mesmo após deixar o cargo de secretário de Saúde, Doutor Luizinho conseguiu manter suas indicações nos cargos de confiança da pasta e indicou Cláudia Mello para substituí-lo.
A decisão de voltar à Câmara e liderar o PP foi motivada por solicitações do senador Ciro Nogueira e do deputado Arthur Lira, que buscavam fortalecer a bancada governista no Congresso. No entanto, a nomeação de Luizinho para a liderança do partido gerou divisões internas na base governista do PP.
Enquanto alguns membros da base governista optaram por não se opor à escolha de Luizinho, com o intuito de evitar conflitos e desgastes internos, aliados de Lula que integram o PP manifestaram descontentamento com a indicação do médico, segundo o jornal O Globo.
Há divergências na sigla, com uma ala dos deputados progressistas defendendo uma aproximação maior com o governo, argumentando que a nomeação de Fufuca como ministro deveria ser acompanhada de uma maior sintonia entre o partido e o Executivo. A indicação de Doutor Luizinho é vista por alguns como uma estratégia para manter o PP alinhado à independência, em vez de se alinhar completamente ao governo Lula.