Roberto Freire, presidente nacional do Cidadania
José Cruz/Agência Brasil
Roberto Freire, presidente nacional do Cidadania

Roberto Freire  não é mais presidente do partido Cidadania . O ex-deputado federal de 81 anos, divulgou um comunicado onde afirma sua saída da direção nacional da sigla. Seu sucessor será Plínio Comte Bittencout , 66 anos, líder do Cidadania do Rio de Janeiro .

Em seu pronunciamento, Freire afirmou lealdade a seus princípios pessoais e aos ideais do partido, além de agradecer aos colegas que trabalharam na legenda.

Nas redes sociais, Bittencout agradeceu a indicação para a nova função e afirmou que seu objetivo é “unir o partido”: “Depois de duas décadas de militância, fui honrado com a indicação dos companheiros de partido para a Presidência da Executiva Nacional do Cidadania. Aceitei este grande desafio com o propósito único de unir o partido em torno dos valores democráticos que sempre nortearam nossa atuação política.” Declarou o ex-deputado estadual do Rio de Janeiro.

Recentemente, o partido cidadania estava abalado. Durante uma reunião da Comissão Executiva Nacional, o comando de Roberto Freire foi questionado . Até o momento, Freire era visto como uma pessoa explosiva e com dificuldade para aceitar opiniões divergentes. 

Segundo o Poder360, a desavença na legenda aconteceu pelo apoio da maioria do comando do partido entendeu que o Cidadania deveria apoiar o governo Lula (PT) no Congresso, o que irritou Freire. O ex-deputado federal gostaria de uma ampliação da união PSDB-Cidadania com a aliança ao Podemos e MDB, o que foi rejeitado.

O Cidadania nasceu em 1992 como PPS (Partido Popular Socialista) e passou a se chamar Cidadania em 2019. A legenda era um braço do antigo Partido Comunista Brasileiro , fundado em 1922. Roberto Freire foi o primeiro candidato à presidência da república do antigo PCB após a redemocratização.


Confira o pronunciamento de Roberto Freire na íntegra:

"À Executiva Nacional do Cidadania

Comunico minha saída da direção nacional. Desnecessário dizer que é irrevogável. Encerro, assim, uma longa vida neste partido, o único desde o PCB nos idos de 1962 do século passado.

Com a certeza de ter contribuído para sua bela história, de forma honrada e digna, saio ressaltando os homens e mulheres que deram a vida e respeito ao partido. Penso ter honrado a todos eles, travando o bom combate até o fim.

Fui leal aos meus princípios, aos princípios do partido e à nossa história, que, espero, não consigam desonrar. Aos amigos e companheiros leais de luta, que se somaram a mim nesse esforço, meu respeito e minha gratidão.

Nestes termos, peço que tomem as devidas providências.

Roberto Freire"

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