Relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), fala sobre prisão de Silvinei Vasques
Reprodução / CNN Brasil - 09.08.2023
Relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), fala sobre prisão de Silvinei Vasques

relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), disse que a  prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques na manhã desta quarta-feira (9)  indica compatibilidade com o que está sendo investigado pela comissão. Na ocasião, ela ainda afirmou que quando o investigado depôs à CPMI, "mentiu de forma escancarada".

"A prisão hoje de Silvinei é a constatação real de que a CPMI está adotando uma linha de investigação correta em consonância com fatos, e não com narrativas", afirmou a senadora em entrevista a jornalistas nesta manhã.

"Temos uma prisão em que há compatibilidade do ponto de vista da investigação da CPMI. Quando Silvinei esteve aqui na comissão, ele mentiu de forma escancarada em várias linhas. Tivemos, aliás, vários pontos que nós conseguimos comprovar, inclusive no momento da oitiva dele, de que, de fato, ele estava mentindo."

A relatora também disse que a  prisão do ex-PRF deixa "clara a necessidade de reconvocação" de Silvinei à CPMI para um novo depoimento.

"Hoje, mais do que nunca, a partir dessa prisão, está clara a necessidade de reconvocação e fazer uma compatibilidade, a partir dos documentos que nós levantamos, com a fala que ele trouxe aqui na comissão. E é exatamente o ponto fundamental que nós faremos a partir desse momento", afirmou.

"Eu espero que haja uma nova deliberativa em pouco tempo, e aí será convocada pelo presidente da comissão [Arthur Maia (União Brasil-BA)] e nesta deliberativa, nós faremos, de fato, a apresentação desses novos requerimentos, dentre eles, do pedido de reconvocação do Silvinei e também de outros pedidos de acareação que nós julgamos pertinentes para este momento da comissão."

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje a Operação Constituição Cidadã que apura o  suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral relativo ao segundo turno das eleições de 2022.

O ex-diretor-geral da PRF foi preso preventivamente durante a ação da PF, que cumpre 10 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão preventiva nos estados do Rio Grande do Sul, no Distrito Federal, em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte.

"Ele está preso porque, dentre outras tantas questões, ele, de fato, tentou impedir o resultado eleitoral, ele atrapalhou o processo eleitoral e o Código Eleitoral brasileiro", acrescentou Eliziane.

A suspeita é que a PRF tenha reforçado blitzes, principalmente no Nordeste, para dificultar o transporte de eleitores onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve mais votos, durante o segundo turno do pleito.

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