Os dados apontavam para o aumento no número de casos e mortes no Brasil
Tânia Rêgo/Agência Brasil - 29/06/2023
Os dados apontavam para o aumento no número de casos e mortes no Brasil

Mais de mil relatórios sobre a pandemia foram elaborados por agentes da Agência Brasileira de Inteligência  (Abin) e Gabinete de Segurança Institucional  (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). No entanto, os documentos, produzidos entre março de 2020 e julho de 2021, foram mantidos em sigilo na gestão do ex-presidente. Pelo menos 18 relatórios, elaborados nos primeiros meses da crise, citam o perigo de "colapso" em diversas regiões do Brasil. As informações são da Folha de S. Paulo.

Os dados apontavam para o aumento no número de casos e mortes no Brasil, e possui carimbo das agências. Os documentos reforçam que Bolsonaro ignorou informações levantadas pelos agentes e por órgãos do próprio Palácio do Planalto, como o  Ministério da Saúde.

Agentes da Abin e do GSI citam o distanciamento social e a vacinação como formas efetivas de controlar a doença, indicam estudos que desaconselham o uso da cloroquina e alertam para a possibilidade de colapso da rede de saúde e funerária no país. Do total, pelo menos 12 documentos de maio de 2020 afirmam que o Brasil não havia atingido o pico da doença.


Ainda de acordo com os relatórios, o governo Bolsonaro estaria faltando com a transparência na divulgação de dados da pandemia e, o Ministério da Saúde, demorando para definir estratégias para testagem e combate ao vírus.

As estimativas feitas pela Abin se aproximaram dos dados efetivamente registrados, e, em alguns casos, a alta da pandemia superou as expectativas dos agentes.

Os papéis da Abin não foram entregues à  CPI da Covid, que chegou a solicitar previsões feitas pelo governo sobre a pandemia, mas recebeu apenas análises da Saúde.

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