O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou no domingo (23), durante evento de posse da nova direção do SindmetalABC (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC), em São Paulo, que entregou o nome do empresário suspeito de agredir Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) , para o chanceler alemão Olaf Scholz.
O suspeito é Roberto Mantovani Filho, empresário que, junto com mais duas outras pessoas, Andreia Mantovani e o genro, Alex Zanatta teriam agredido o ministro no aeroporto de Roma, na Itália no dia 14 de julho.
Lula chamou o empresário de “canalha” e reforçou que agressões e ofensas não podem ser naturalizadas. Segundo o presidente, o nome do suposto agressor foi apresentado à Alemanha por ele já ter trabalhado para uma empresa alemã.
“Quando você entrar em um restaurante e tiver uma pessoa que não gosta de você, ótimo, ela não é obrigada a gostar, mas não é obrigada a te xingar, não é obrigada a te ofender, como aconteceu esses dias com o Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma, que um canalha não só ofendeu ele, como bateu no filho dele. Não sei se você sabe, Moisés [presidente do Sindmetal ABC], esse cara [Roberto Mantovani] era um empresário de uma empresa alemã. Eu entreguei o nome dele para o chanceler alemão [Olaf Scholz] e esse cara foi expulso do partido ontem [22.jul] pelo Kassab”, disse Lula.
No dia 18 de julho, a Polícia Federal realizou mandados de busca e apreensão em dois endereços do empresário Roberto, Andreia e Alex. A ação ocorreu na cidade de Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo. O trio é suspeito de injúria, perseguição e desacato contra o ministro e a sua família.
O PSD expulsou Roberto do partido. À Folha o presidente do PSD, Gilberto Kassab, explicou ter se valido de prerrogativa expressa no estatuto do partido para a desfiliação de Mantovani em resposta a ato disciplinar.