O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (29), que o ministro Nunes Marques, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), será imparcial no julgamento que pode torná-lo inelegível por oito anos . O ex-mandatário declarou ainda que haverá um “julgamento justo”.
“Tenho certeza de que ele [Nunes Marques] vai ser isento e fará o que for possível para mostrar que eu não tenho culpa, que não cometi nenhum crime”, disse Bolsonaro a jornalistas, negando que tenha conversado com o ministro nos últimos dias.
O ex-presidente é acusado, por uma ação do PDT, de abuso do poder político e dos meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, quando ele atacou, sem provas, as urnas eletrônicas e o TSE.
A defesa de Bolsonaro diz que no encontro com os embaixadores foi praticado “ato de governo” e que a reunião não se tratou das eleições, nem houve pedido de votos ou ataques a adversários do pleito. Os advogados afirmam ainda que Bolsonaro não atua contra a democracia, mas expõe dúvidas sobre o sistema.
Nesta quinta-feira, aconteceu a terceira sessão do julgamento. Os ministros Floriano de Azevedo Marques e André Tavares votaram pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro , já Raul Araújo votou contra a condenação do ex-chefe do Executivo .
O relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, votou pela inelegibilidade do ex-presidente na última terça-feira (27) . Com isso, o placar do julgamento está em 3 a 1.
Após a leitura do voto, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, suspendeu a sessão. O julgamento será retomado nesta sexta-feira (30), às 12h, com o voto da ministra Carmen Lúcia. Em seguida, Nunes Marques e Moraes devem votar.
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