Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL)
Pedro França/Agência Senado - 02.02.2023
Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL)

presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) declarou na noite de segunda-feira (12) que se considera um “facilitador”, mas que não pode se comprometer com a aprovação de projetos. Além disso, o parlamentar afirmou que o  presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o responsável por construir uma maioria no Congresso , e não ele.

“O governo terá que construir a sua maioria, não sou eu […] Eu tenho sido um facilitador”, afirmou Lira em entrevista a Globonews.

Segundo o chefe da Casa, a composição dos ministérios de Lula "não teve o rendimento esperado" para o governo.

“Cada governo escolhe como fazer a composição da sua base. O presidente Lula optou por fazer um desenho da sua Esplanada dos Ministérios, e esse desenho não teve o rendimento esperado por parte do governo", afirmou Lira.

O presidente da Câmara afirmou novamente que o "Congresso é conservador" e que Lula terá que dialogar com “quem pensa diferente”. No dia 5 de junho, após uma reunião com o chefe do Executivo, Lira afirmou que o "Congresso é liberal" e que a articulação do governo "precisa estar mais atenta" .

“O Congresso não é um Congresso que foi eleito progressista de esquerda. É um Congresso reformador, liberal, conversador, que tem posicionamentos próprios”, disse Lira.


Sobre a governabilidade de Lula, Lira afirmou que a Câmara não foi obstáculo no governo e que o Planalto foi avisado sobre as dificuldades na articulação. Além disso, o chefe da Casa elogiou o mandatário, dizendo que ele é "franco".

"Demos a esse governo tranquilidade orçamentária e financeira para fazer um ano de acomodação política muito tranquila. Votamos o arcabouço e votamos a PEC da reestruturação dos ministérios, com muita dificuldade, diga-se de passagem", disse Lira.

MP dos Ministérios

A MP 1154/2023, medida provisória que reestrutura os ministérios do governo na Câmara dos Deputados, teve 337 votos favoráveis e 125 contrários no dia 31 de maio.

O texto foi aprovado após Lula se envolver pessoalmente nas negociações, falando com os líderes dos partidos e Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. O parlamentar expôs ao chefe do Executivo a dificuldade de articulação no terceiro mandato do petista, e teceu críticas ao fato do governo ainda não ter constituído uma base aliada.

Ainda, afim de promover a aprovação da MP, o Planalto empenhou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares.

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