A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a prisão preventiva dele seja revogada. Cid foi detido por ordem do ministro Alexandre de Moraes no âmbito da investigação sobre fraudes nos cartões de vacinação contra a Covid-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os advogados do oficial do Exército também pediram a remessa do caso à Procuradoria-Geral da República (PGR) — que, anteriormente, manifestou-se pela prisão temporária dele e de outros investigados pela Polícia Federal.
Nessa quinta-feira (18), Cid esteve na sede da PF em Brasília para prestar depoimento, mas ficou em silêncio. Na ocasião, o tenente-coronel alegou que não teve acesso ao conteúdo integral da investigação. Diante das declarações, os agentes da PF não insistiram em fazer perguntas.
Ele está preso há mais de 15 dias no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB). A defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro argumentou que há outras medidas alternativas à prisão.
"O recolhimento domiciliar noturno, a proibição de contato com os demais investigados, a proibição de ausentar-se do país e a entrega de seu passaporte revelam-se plenamente suficientes para resguardar a ordem pública e ordem econômica", disse a defesa de Cid.
Os advogados ainda complementaram dizendo que não há risco de descumprimento de cautelares, "a não ser que consideremos que o Exército brasileiro poderia ser conivente com o descumprimento de uma ordem do STF, o que, por óbvio, ocasionaria uma completa ruptura institucional, algo completamente inconcebível do Estado democrático de Direito da República do Brasil".
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