O tenente-coronel Mauro Cid chegou à sede da Polícia Federal por volta das 14h20 desta quinta-feira (18) para prestar depoimento referente à investigação sobre as fraudes nos cartões de vacinação contra a Covid-19.
Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República, Cid entrou no prédio da PF, localizado em Brasília, pela garagem e não teve contato com a imprensa. Ele está detido há duas semanas no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB).
Mauro Cid, Bolsonaro e pessoas próximas estão sendo investigados por uma suposta inserção irregular de informações de vacinação no sistema do Ministério da Saúde.
De acordo com as investigações, o ex-presidente e a filha teriam tomado a vacina, mas a informação é falsa. Estes comprovantes foram baixados a partir do aplicativo ConecteSus, do Ministério da Saúde, com base nas informações fraudulentas. Logo depois, estes registros haviam sido apagados.
Segundo a PF, isso ocorreu em dezembro de 2022, pouco antes de Bolsonaro e a família viajarem para a Flórida, nos Estados Unidos. A apuração dos policiais suspeitam que tais informações foram inseridas no sistema com a intenção de beneficiar o ex-mandatário e a família e facilitar a entrada nos EUA.
Na terça-feira (16), Bolsonaro negou a participação do do ex-ajudante no esquema de fraudes. Além disso, ele também afirmou que não orientou ou ordenou qualquer pessoa a burlar o sistema.
No entanto, o ex-chefe do Executivo federal afirmou que a gestão de sua conta no aplicativo ConecteSUS estava sob gestão de Mauro Cid.
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