Sergio Moro e Gilmar Mendes
Montagem iG / Imagens: Lula Marques/ Agência Brasil e Tânia Rêgo/Agência Brasil
Sergio Moro e Gilmar Mendes


O ministro Gilmar Mendes , do Supremo Tribunal Federal , e o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) trocaram farpas nesta terça-feira (9) pelas redes sociais. A confusão teve início após uma crítica feita pelo magistrado na última segunda (8) durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.

Na atração, Mendes criticou novamente a Lava Jato e acusou os integrantes da operação de serem responsáveis pelo surgimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) no cenário nacional.

“Curitiba gerou Bolsonaro. Curitiba tem o germe do fascismo. Inclusive todas as práticas que desenvolvem. Investigações a sorrelfa e atípicas. Não precisa dizer mais nada. Não é por acaso que os procuradores dizem, por uma falta de cultura, que aplicaram o Código Processual Russo”, opinou.

Na sequência, o ministro detonou Sergio Moro. “Moro vaza a delação de Palocci entre o primeiro e o segundo turno de 2018. Participa, portanto, do processo. Assume posição a favor da extrema-direita”, completou.

Na manhã de hoje, Moro usou o Twitter para provocar Mendes. “Não tenho a mesma obsessão por Gilmar Mendes que ele tem por mim. Combati a corrupção e prendi criminosos que saquearam a democracia. Não são muitos que podem dizer o mesmo neste país”, escreveu.

Apesar da frase, o ex-juiz foi condenado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal e teve sentenças anuladas. Além disso, conversas de Moro com procuradores da Lava Jato vazaram em 2019 – o episódio recebeu o nome de Vaza Jato – e resultou na anulação do processo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Moro também se tornou ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro menos de um ano depois de condenar Lula, que era líder das pesquisas das eleições de 2018. Ele foi acusado por adversários políticos de perseguir o petista para beneficiar o capitão da reserva.

Gilmar Mendes esclareceu declaração

O ministro do Supremo foi criticado por suas falas sobre Curitiba e ele resolveu esclarecer. “Ontem, em entrevista ao Roda Viva, usei uma metonímia que merece explicitação. Jamais quis ofender o povo curitibano. Não foi Curitiba o gérmen do fascismo; foi a assim chamada ‘República de Curitiba’ (Operação Lava-Jato e os juízes responsáveis por ela na capital paranaense)”.

Pouco tempo depois, Moro rebateu: “Curitiba não é cidade na qual se tolera corrupção. Nenhuma cidade fica ofendida por ser conhecida como referência no combate à corrupção. O vexame reside na tolerância. Curitiba e o Paraná merecem respeito”.


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