Nesta terça-feira (9), o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que o governo federal já confiscou 114 fuzis e 1.146 pistolas neste ano. Em 2022, segundo ele, foram apreendidos 12 fuzis e 135 pistolas. Na ocasião, Dino também disse que há uma "intersecção" entre colecionadores, atiradores e caçadores, os chamados CACs, e o crime organizado.
"Em relação aos CACs também ocorreu isso [casamento entre narcotráfico e milícia]. Criminosos viraram CACs e CACs se associaram ao crime organizado. A imensa maioria dos CACs não comete crimes, e temos alguns CACs que estão a serviço de organizações criminosas", disse o ministro, durante audiência pública na Comissão de Segurança Pública do Senado.
Parte das apreensões feitas contemplam a Operação Day After, deflagrada pela Polícia Federal após o fim do recadastramento de armas dos CACs. Na ação, a PF mirou atiradores e colecionadores que tinham posse de armas autorizada pelo Exército, mas tinham mandados de prisão em aberto por crimes variados, como tráfico de drogas, homicídio, roubo e corrupção.
O autor do requerimento de convocação de Flávio Dino foi feito pelo senador Magno Malta (PL-ES). No pedido, ele justificou dizendo que o ministro deveria "prestar informações sobre os planos e a agenda estratégica da pasta para os próximos anos".
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