O ex-deputado David Miranda (PDT-RJ), que morreu na manhã desta terça-feira (9), teve importante trajetória política, apesar de breve. Ele faria 38 anos nesta quarta (10) e deixa o marido, o jornalista Glenn Greenwald, e três filhos.
Miranda foi eleito vereador do Rio de Janeiro nas eleições municipais de 2016 e tomou posse em 2017, aos 32 anos. Ele ficou no cargo até 2019. No mesmo, ano começou a exercer o cargo de deputado federal em Brasília, posto que desempenhou até ser internado em agosto de 2022 com infecção gastrointestinal. Desde então, ele passou por outras infecções, além de pancreatite. O carioca passou nove meses internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O ex-deputado nasceu na favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e perdeu a mãe aos 5 anos. Ele estava casado há 17 anos com Glenn Greenwald , um dos jornalistas que, com Edward Snowden, revelou a existência de programas secretos de vigilância global dos Estados Unidos, da Agência de Segurança Nacional (NSA).
David Miranda era formado em jornalismo e era estrategista de marketing. O ex-parlamentar esteve à frente da campanha pelo asilo a Edward Snowden no Brasil e ainda ajudou o marido durante as revelações dos programas secretos de vigilância global dos Estados Unidos.
Ele chegou até mesmo a ser detido pelo governo britânico, em agosto de 2013, devido ao trabalho ao lado de Glenn. Na ocasião, Miranda foi interrogado por nove horas no Aeroporto de Heathrow, na Inglaterra. As autoridades britânicas alegavam que ele estava envolvido com "terrorismo" por transportar documentos de Snowden, conforme a polícia e documentos de inteligência.
A morte foi dele confirmada por Glenn em uma postagem nas redes sociais e, segundo médicos, a causa da morte se deu em razão de uma pancreatite e infecção gastrointestinal, que levou a um quadro de septicemia.
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