O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres , chegou à sede da Polícia Federal na tarde desta segunda-feira (8) para depor sobre os bloqueios da Polícia Rodoviária Federal ( PRF ) no Nordeste no dia 30 de outubro, data do segundo turno das eleições.
Torres deixou o Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do DF, prisão onde está desde janeiro. O ministro está preso desde 14 de janeiro por suposta omissão nos atos golpistas que ocorreram dia 8 daquele mês .
Em 30 de outubro de 2022, data em que ocorreu o segundo turno, a Polícia Rodoviária Federal fez uma série doe operações e parou carros, motos e ônibus que tinham eleitores em todo país. Boa parte dessas blitz aconteceu em estados do Nordeste. Essas paralisações foram proibidas por Alexandre de Moraes, mas a PRF ignorou a ordem por algumas horas.
Segundo relatório do Ministério da Justiça encaminhado à Controladoria Geral da União (CGU), a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula (PT) tinha favoritismo, contra 571 no Sudeste, entre os dias 28 e 30 de outubro.
O depoimento de Anderson Torres deveria ter acorrido em 24 de abril, no entanto, foi adiado, após a defesa do ex-ministro alegar uma "piora" no estado de saúde dele.
Após determinar a nova data, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que Torres foi "devidamente avaliado por profissional médico, que atestou que as medicações do preso foram ajustadas", e que ele "tem tido acompanhamento médico frequente".
O ministro do Supremo também assegurou ao ex-secretário de Segurança Pública do DF "o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se instado a responder a perguntas cujas respostas possam resultar em seu prejuízo".
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