Ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, em seminário Liberdade de Expressão, Redes Sociais e Democracia, no Centro Cultural da Fundação Getulio Vargas, zona sul do Rio de Janeiro
Tânia Rêgo/Agência Brasil - 13/03/2023
Ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, em seminário Liberdade de Expressão, Redes Sociais e Democracia, no Centro Cultural da Fundação Getulio Vargas, zona sul do Rio de Janeiro

Nesta terça-feira (2), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que os presidentes do Google, Meta, Spotify e Brasil Paralelo prestem depoimento à Polícia Federal (PF). A decisão tem o objetivo de fazer com que eles esclareçam os motivos para terem autorizado nas plataformas mecanismos que possam contribuir para possível desinformação relacionada ao  PL das Fake News.

A ação estabelece que os presidentes ou equivalentes das plataformas sejam ouvidos em um prazo de cinco dias. Eles deverão explicar as razões para a utilização de mecanismos "que podem, em tese, constituir abuso de poder econômico, bem como, eventualmente, caracterizar ilícita contribuição com a desinformação praticada pelas milícias digitais nas redes sociais".

Moraes ainda determinou que as  plataformas "procedam à remoção integral, em no máximo 1h00 (uma hora), de todos os anúncios, textos e informações veiculados, propagados e impulsionados a partir do blog oficial da Google com ataques ao PL 2630 […] sob pena de multa de R$ 150.000,00 por hora de descumprimento por cada anúncio".

Ainda, o Google e a Meta têm 48 horas para explicar "os métodos e algorítimos de impulsionamento e induzimento à busca sobre 'PL da Censura'", e o Brasil Paralelo e o Spotify também têm o mesmo prazo para esclarecer "os métodos e algorítimos de impulsionamento e induzimento à busca sobre 'PL da Censura', bem como os motivos de terem veiculado anúncio político no Google".

Dentro das 48 horas, as  Big Techs ainda devem informar quais "providências reais e concretas que realizam para prevenir, mitigar e retirar práticas ilícitas no âmbito de seus serviços e no combate à desinformação de conteúdos gerados por terceiros".

PL das Fake News

Conhecido como PL das Fake News , o Projeto de Lei (PL) 2.630/20 cria regras para o combate às informações falsas.

A expectativa é que o PL que visa criar a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet seja votado nesta terça-feira (2),  mas também há a possibilidade de o pleito ser adiado.

O projeto de lei é de autoria do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE). A medida implementa obrigações a serem seguidas pelas redes sociais , aplicativos de mensagens e plataformas de busca na exclusão de contas e conteúdos considerados criminosos.

Dentre as principais propostas do PL das Fake News, estão:

  • Relatórios de transparência;
  • Pagamento de direitos autorais;
  • Remuneração a veículos jornalísticos;
  • Segurança de crianças e adolescentes;
  • Combate à desinformação;
  • Imunidade parlamentar.

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!