Rui Costa creditou ataques ao discurso de ódio praticado pelo ex-presidente
PT - 30.03.2021
Rui Costa creditou ataques ao discurso de ódio praticado pelo ex-presidente

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, culpou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela onda de ataques em escolas. Sem citar Bolsonaro nominalmente, Costa afirmou que o ex-chefe do Planalto plantou o ódio.

O ministro disse que o Brasil está "colhendo o que plantou no governo passado". Ele acusou Bolsonaro de ter sido preconceituoso com mulheres, nordestinos e negros.

"Como na agricultura, se você plantar semente de mamão, você vai ter um pé de mamão. Se você plantar soja, você vai colher soja. E ao longo dos quatro anos, o Brasil infelizmente - comandado pelo ex-presidente da República - plantou ódio, racismo, preconceito contra as mulheres, preconceito contra nordestino, preconceito contra negro", afirmou.

Rui Costa ainda lembrou das vezes em que Bolsonaro fez sinal de armas perto de crianças.

"O ex-presidente fazia com frequência. Botando criança no colo, fazendo sinal de arma e estimulando grupos armados, estimulando ódio. Infelizmente, o Brasil hoje ficou parecido com outras nações com ataques a escolas. Nós vamos, juntos, ter que reconstruir nosso país. E reconstruir não é só do aspecto de obras, de valores também", concluiu.

Costa ainda confirmou que Lula irá se reunir com lideranças do país para buscar alternativas para reduzir a violência no país.

"Para um mutirão a favor da vida. Um mutirão a favor da família, a favor da paz. Posteriormente, o presidente fará uma reunião com todas as religiões do país. Que façam um apelo pela paz, pelas crianças, pela vida".

Violência em escolas

Ao menos quatro ataques em escolas foram registradas nas últimas semanas no país, com, ao menos, seis mortos. O primeiro aconteceu na escola Thomazia Montoro, em São Paulo, em que uma professora foi morta por um adolescente de 13 anos.

Em Blumenau (SC), um homem invadiu uma creche e matou cinco crianças. Já em Goiânia (GO), quatro pessoas ficaram feridas após um adolescente de 13 anos atacar professores e alunos da escola Santa Tereza de Goiás.

Um quarto caso foi registrado em Manaus (AM). Outras centenas de ameaças são investigadas pela polícia.

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